O primeiro ouro faturado pelo Brasil nas Olimpíadas de Paris refletiu imediatamente nas redes sociais. A conquista de Beatriz Souza impulsionou o Instagram da judoca, que tinha 13 mil seguidores, ganhou mais de um milhão de seguidores em poucas horas. A judoca de 26 anos se tornou a sexta mulher brasileira a ser campeã olímpica em provas individuais. Medalhista de ouro categoria acima de 78kg do judô, a paulista de Itariri é a única da lista que obteve o feito logo na sua primeira Olimpíada.
Depois de eliminar a número 1 do mundo na semifinal, Bia chegou à final contra a israelense Raz Hershko. Com um waza-ari, ela administrou bem e conquistou a vitória por 1 a 0.
Fã de rap e trap, Bia também é uma boleira de mão cheia e quem aproveita este talento é a família, principalmente o marido Daniel Sousa, ex-jogador de basquete. Apesar de ter nascido em Itariri, cresceu em Peruíbe - também em São Paulo. O gosto pelo judô já veio no sangue já que o seu pai, Poscedonio José de Souza Neto, foi judoca e a incentivou a seguir a carreira no tatame.
Bia começou na academia Associação Budokan de Peruíbe (SP), seguiu sua trajetória até chegar ao Pinheiros, de São Paulo, onde hoje é treinada pelos ex-judocas Maria Suelen Altheman e Leandro Guilheiro.
No currículo, bronzes no Mundial de Budapeste, em 2021e no de Doha, em 2023, além de uma prata em Trashkent, em 2022. Chegou a Paris como a número 5 do mundo. Agora, é campeã olímpica, o que antes apenas Sarah Menezes, Rafaela Silva, Rogério Sampaio e Aurélio Miguel tinham conseguido para o judô brasileiro. A vitória, Bia ofereceu à avó, Brecholina Rodrigues da Silva, que morreu há menos de dois meses. "É o meu dia! Eu sou campeã olímpica", comemorou Beatriz Souza.
Foto: Foto: Alexandre Loureiro/COB
