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Dados do primeiro semestre de
2024 comprovam que a Bahia avançou no número de doações de órgãos, quando
comparado ao mesmo período do ano passado. Neste ano, foram realizadas 499
doações, o que representa um aumento de 24% quando comparado com as 401 captações
realizadas no primeiro semestre de 2023.
O coordenador do Sistema
Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, destacou que o aumento representa uma
maior conscientização por parte da população quanto à importância dos
transplantes e da doação.
A secretária estadual da Saúde,
Roberta Santana, comemorou o avanço do Estado nos números e reforçou o pedido
por solidariedade. "O aumento no número de captações demonstra que o
esforço do Governo do Estado tem trazido resultados positivos. Não posso deixar
de agradecer aos familiares que autorizaram que estas doações fossem
realizadas, isso ajuda a salvar vidas", declarou a gestora.
Em junho deste ano, a Bahia
realizou o primeiro primeiro transplante de pele do interior, no Hospital Geral
Clériston Andrade, em Feira de Santana, marcando um avanço significativo na
medicina da região.
O Estado também sediou e
promoveu o Congresso Nordeste de Transplantes, que contou com a participação de
representantes das secretarias estaduais de Saúde da região, médicos e
acadêmicos.
Em 2023, a Bahia realizou 308
transplantes de rim, 582 de córneas e 45 de fígado.
DESAFIOS
Moura indicou que um dos
principais desafios para o Estado é a taxa de recusa familiar à doação de
órgãos, com um índice de 61%, que é acima da média nacional. "Precisamos
trabalhar para garantir uma maior aceitação entre as famílias. Transplantes salvam
vidas", afirmou.
Dados do primeiro semestre de
2024 também indicam o aumento de 17% no número de pacientes na lista de espera
no Estado. Atualmente, 3.038 pessoas aguardam para transplantes de rim (1.942
pacientes), fígado (40), córneas (1.505) e coração (1).
FILA DE TRANSPLANTE
A lista de espera por um órgão
funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea,
compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de
gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem
transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem
cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de
desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão
de sua condição clínica.
Além disso, algumas situações de
extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente
aguardando transplante também são determinantes na organização da fila do
transplante. São eventos determinantes de prioridade na fila de doação: a impossibilidade
total de acesso para diálise (filtração do sangue), no caso de doentes renais;
a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidade de
assistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos
recentes transplantados.
Cabe destacar que a lista é
única tanto para pacientes do SUS quanto da rede privada.
Por Bahia Notícias