
Foto Ilustrativa: Pedro Moraes -
Ascom/SEC
Uma das principais estratégias
indicadas por especialistas para a evolução da educação pública no Brasil está
em curso na Bahia. A partir deste ano, 300 mil estudantes do Ensino Fundamental
e Ensino Médio das redes estadual e municipais já contam com acesso gratuito à
internet para realizar estudos em suas casas, como complemento às aulas
presenciais. No início do ano letivo, foram distribuídos 194 mil chips de
internet móvel e, neste mês, mais 110 mil alunos também foram contemplados pelo
programa.
Os mais de R$ 80 milhões
investidos pelo governo estadual são provenientes do Fust (Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e fazem parte dos R$ 3,5
bilhões destinados a estados e municípios para oferecer conectividade a até 22
milhões de crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, que estejam
inscritas no CadÚnico, quilombolas e indígenas.
Além de promover a inclusão
digital de estudantes pobres, o programa conta com uma tecnologia inovadora,
desenvolvida no Brasil, para dar efetividade e segurança ao ensino híbrido, que
combina atividades em sala de aula com reforço e nivelamento de conteúdo em
casa. O chip recebido pelos alunos é a porta de acesso para um ambiente de
ensino gerenciado pelos profissionais da educação. Os alunos são conduzidos a
uma trilha de aprendizado individualizada, com controle de desempenho,
assiduidade e tarefas, e só conseguem navegar nos endereços web permitidos pela
secretaria de educação. Isso só é possível devido a um filtro de conteúdo
hospedado na “nuvem”, inviolável ao contrário dos similares instalados nos
dispositivos.
“Anteriormente, os governos
usavam chips convencionais e sistemas de bloqueio de conteúdo instalados nos
aparelhos. Com isso, os estudantes podiam facilmente burlar o sistema e usar o
pacote de dados custeado pelo poder público para outros fins, como consumir
conteúdos de entretenimento”, diz Rivaldo Paiva, CEO da Base Mobile, startup de
Pernambuco responsável pelo desenvolvimento da solução. “Com essa nova
tecnologia, de fato, podemos assegurar o bom uso do recurso público e que
crianças e adolescentes não tenham acesso a conteúdos inadequados e nocivos,
como os que propagam a violência no ambiente escolar.”
O uso dos recursos do Fust para
promover a inclusão digital no ensino público também está se transformando em
realidade em outras regiões do país. Além do programa Internet Brasil,
iniciativa do Governo Federal que já beneficiou 50 mil estudantes e vai alcançar
um total de 700 mil, o chip educacional com filtro de conteúdo e demais
funcionalidades foi adotado no ensino público de diferentes estados e
municípios, a exemplo de Belo Horizonte, Goiânia, Nova Lima e Lagoa
Santa.
Por Bahia Notícias