
Foto: Lula Marques
O relator da
proposta da reforma tributária no Senado, senador Eduardo Braga (MDB-AM), pediu
ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que a regulamentação da
reforma tributária não tramite em regime de urgência na Casa, como aconteceu na
Câmara dos Deputados. A intenção de Braga é elaborar um calendário de
audiências públicas para ouvir governadores, prefeitos e representantes do
setor produtivo.
“Faço um
apelo para que não tenhamos aqui a urgência constitucional para que possamos
estabelecer um calendário para a realização de audiências públicas, ouvir os
diversos segmentos, debater com os senadores
e construir um texto consensual que represente a vontade não só do setor
produtivo, da federação brasileira, mas do governo”, disse Braga na sessão
plenária desta quinta-feira (11).
A retirada
do regime de urgência foi debatida nesta quinta-feira na reunião de líderes
partidários do Senado, que defenderam que a matéria tenha mais tempo de
discussão e análise. A tramitação em regime de urgência estabelece a cada uma
das casas do Congresso Nacional um prazo
de 45 dias para a deliberação do texto, sob pena de trancamento da pauta.
Na noite
desta quarta-feira (10), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o primeiro
projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária sobre o
consumo. A versão do texto inseriu uma trava para a alíquota do futuro Imposto
sobre Valor Adicionado (IVA), inclui remédios na lista de produtos com imposto
reduzido e amplia a cesta básica nacional com imposto zero, incluindo carnes,
peixes, queijos e sal.
Eduardo
Braga garantiu que também debaterá o tema com a Câmara dos Deputados para
construir entendimentos em torno do texto. “Não há dúvidas de que há alguns
questionamentos sobre o que foi aprovado ontem [quarta-feira] na Câmara dos
Deputados, mas todas essas questões serão amplamente debatidas, com
previsibilidade e transparência”, disse.
O senador
também foi relator da Emenda à Constituição 132, aprovada e promulgada no ano
passado, com o panorama geral da reforma tributária
O senador
Rodrigo Pacheco disse que Braga terá a responsabilidade de definir um
cronograma de trabalho de aprofundamento sobre a reforma tributária. “Dentro
desse espírito de ampliação de debate junto a governadores, prefeitos, setores
produtivos, base de governo e oposição, para que tenhamos aqui o melhor
trabalho possível e que seja exaustivo e que contemple todos os assuntos da
maneira mais justa e equilibrada possível”, destacou o presidente do Senado.
Edição:
Fernando Fraga
Por Agência Brasil