
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Apresentada há 11 anos na Câmara
dos Deputafos, uma PEC que transforma o STF em uma “Corte Constitucional” e
aumenta o número de ministros do tribunal avançou nesta semana na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Sem alarde, a presidente do colegiado, a deputada bolsonarista Caroline de Toni
(PL-SC) designou na quarta-feira (5) o deputado Luiz Philippe de Orleans e
Bragança (PL-SP), conhecido como “príncipe”, como relator da PEC.
Menos de 48 horas depois, na sexta-feira (7), Luiz Philippe apresentou seu
relatório sobre a proposta. Nele, o relator defende admissibilidade da
proposta, apresentada em 2013 pela deputada Luiza Erundina (PSol-SP). As
informações são da coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do
Bahia Notícias.
Em 2017, houve uma primeira tentativa de fazer o texto andar na Câmara. A então
deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) foi escolhida relatora e chegou a apresentar
um relatório, que acabou não sendo votado no colegiado.
Em 2021, Bragança foi indicado pela primeira vez como relator da PEC, mas não
chegou a apresentar um relatório. Em 2022 o tema não andou e nenhum deputado
foi escolhido para cuidar da proposta.
STF COM 15 MINISTROS
Pelo texto de Erundina, o STF
seria transformado em “Corte Constitucional”, com 15 ministros, mais do que os
11 que integram o tribunal atualmente. O Superior Tribunal de Justiça (STJ)
passaria a ter 60 magistrados.
O texto também propõe alterar a forma de escolha dos ministros. Os nomes seriam
votados pelo Congresso, oriundos de listas tríplices de candidatos feitas pela
magistratura, pelo Ministério Público e pela advocacia.
Em sua justificativa, escrita há 11 anos, a deputada do PSol argumenta que o
STF tem “graves defeitos na forma de sua composição e no tocante ao âmbito de
sua competência”.
“A fim de corrigir esses graves defeitos no funcionamento do Supremo Tribunal
Federal, a presente proposta determina a sua transformação em uma autêntica
Corte Constitucional, com ampliação do número de seus membros e redução de sua
competência”, afirmou a deputada na justificativa da PEC.
Por Bahia Notícias