
Foto: Mauricio Leiro / Bahia Notícias
No topo do ranking em número de
prefeituras na Bahia, o PSD possui mais de 100 cidades administradas por
gestores filiados ao partido. Em 2024, a eleição municipal deve ter novamente a
sigla como protagonista. Apesar do tamanho expressivo no estado, o presidente
estadual do PSD, o senador Otto Alencar, garante que nunca trabalhou para
manter o posto de maior partido e atribui o crescimento à militância dos seus
quadros no Legislativo.
"Nós nunca trabalhamos para
manter liderança absolutamente. Até porque nós nunca forçamos nenhum candidato
a prefeito, a vereador ou deputado estadual e federal a participar do partido,
é uma coisa natural. Nós temos nove deputados estaduais, todos são muito
militantes, são duas deputadas, sete deputados, temos seis federais, dois
senadores, e todos nós fazemos a nossa militância, o nosso partido é com opção
clara de centro social e muitos pensam como eu penso, como os outros pensam, e
a partir disso acontece. Nós não estamos para pelejar, para disputar, isso não
é uma corrida, para quem vai ganhar quem vai perder", disse na manhã desta
segunda-feira (27) em conversa com a imprensa.
Otto Alencar é um dos presentes
na cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Luís Eduardo Magalhães do Tribunal
de Contas dos Municípios da Bahia (TCM). A condecoração foi criada em
reconhecimento a relevantes serviços prestados por cidadãos aos Tribunais de
Contas brasileiros.
Sem detalhar em números, o
senador projeta manter os prefeitos e prefeitas nos cargos em municípios que
houver disputa pela reeleição. "Está dentro da nossa previsão, pelo menos
onde nós temos prefeitos e prefeitas, ter a reeleição deles", disse.
"Eu acho que o maior número
será daqueles que estão no poder, que estão muito bem avaliados, pois a
maioria, muito bem avaliada, poderão buscar a reeleição. Os outros vão começar
agora e vai ser uma disputa natural, como sempre aconteceu, dentro dos
municípios. A eleição municipal tem um perfil completamente diferente da
estadual e da federal. No município as dificuldades são maiores para você
acomodar os partidos da base. Então tem lugar que vamos talvez disputar com o
PT, com o PSB. Com os outros partidos, com o MDB, com o partido da base, mas é
uma disputa saudável, não tem nenhuma dificuldade", acrescentou.
2026 NO HORIZONTE?
Otto também despistou que as eleições de 2024 podem servir como um
"primeiro turno" para o próximo pleito estadual de 2026.
"Não é assim, não existe
essa regra, e essa regra eu vou até só lembrar. O vice-governador nem
participou da aliança de 2018, o MDB não participou. Veio o vice-governador, o
MDB também não veio com quantidade de prefeitos maiores, e participou porque
tem o mérito pessoal também, não é só o mérito partidário, tem o mérito
pessoal. O perfil de uma sucessão estadual é completamente diferente de uma
municipal", avaliou ao ser questionado pelo BN.
"Ninguém quer se cacifar
para impor, a única coisa que eu acho que é de direito, e isso absolutamente
não se deve desconhecer, muito menos desmerecer, e ao contrário, deve se
garantir, é direito da reeleição. Qual é a candidatura mais cristalina que vai
ter em 2026? É a de Jerônimo porque ele tem direito a reeleição",
finalizou.
Por Bahia
Notícias