O Brasil quebrou mais um recorde negativo em relação à dengue. Nesta
sexta-feira (24/5), o Ministério da Saúde registrou 3 mil mortes confirmadas
pela doença no Brasil em 2024 — proporcionalmente, são 150 mortes por semana.
Ainda há 2,6 mil óbitos em investigação que podem ter sido causados pela
infecção.
No ano passado, no mesmo período de 20 semanas, o Brasil registrou 867
mortes. Em 2024, nenhum intervalo de sete dias teve menos casos de dengue que o
mesmo período em 2023, que até então era o ano recordista de infecções.
2024 já tem quase a mesma quantidade de mortes por dengue que os últimos
três anos recordistas de casos somados. Em 2023, foram 1.179 mortes; em 2022,
1.053; e em 2015, 986 óbitos.
Entre os estados, São Paulo concentra o maior número de mortes (805),
seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365). A
capital federal tem o maior índice de casos do país. Nenhum estado do Norte ou
do Nordeste teve mais de 10 óbitos confirmados este ano.
Embora o pico de infecções tenha diminuído desde o fim de abril, a
quantidade de casos permanece muito elevada e o Ministério da Saúde já trabalha
com a previsão de um novo surto de dengue em novembro. No fim do ano, a
população de mosquitos Aedes aegypti deve voltar a encontrar condições
climáticas favoráveis para se reproduzir pelo país, especialmente na região
Norte.
Por Metrópoles