Missinho Crédito: Divulgação
Primeiro vocalista do Chiclete com Banana e sucesso
antes mesmo do gênero "Axé Music" se tornar marca na música baiana,
Missinho marcou sucessos nos anos 80 e que são tocados até hoje. O cantor
morreu em Salvador na manhã desta quinta-feira (16) por falência múltipla dos
órgãos.
Edmilson de Amorim Ferreira, mais conhecido como
Missinho, nasceu em 1962 na capital baiana e foi um dos responsáveis por fundar
o Chiclete, no início dos anos 80. Na época, a banda ainda se chama Scorpius.
Um ano depois mudou para a marca popular.
O vocalista foi responsável pelo primeiro sucesso
da banda, "Mistério das Estrelas". Colunista do CORREIO, Osmar
'Marrom' relembra que a música estourou antes do marco inicial do gênero Axé -
Magía, de Luiz Caldas, em 85 - mas já representava o cenário efervescente da
música baiana. "Missinho tem uma importância fundamental na cena inicial
do Axé, tanto por fazer parte de uma banda ícone do Carnaval, mas também por
composições como "Maluquete" e "Mistério das Estrelas",
afirma.
Um desentendimento durante a Micareta de Feira de
Santana em 1986 fez com que ele saísse do grupo partindo para carreira solo,
lançando um dois discos pela CBS. Missinho foi substituído por Bell Marques no
comando do Chiclete.
Primeiro disco dele foi lançado em 1986, 'Neon dos
Guetos' tinha sucessos como 'Felina', 'Merengue Tropical' e a regravação de Eu
quero 'Botar Meu Bloco na Rua', de Sérgio Sampaio. O segundo, 'Esquinas de São
Salvador' em 1989. Alguns dos sucessos do artista são 'Jamaica', 'Beijo Cigano'
e 'Balão Beijo'.
Nos anos seguintes, ele continuou lançando músicas
e fazendo arranjos musicais. Foi após a pandemia que a saúde do cantor piorou,
conta a produtora do artista Vera Teixeira. Missinho precisou fazer diálise
devido a problemas renais e o quadro piorou nos últimos 15 dias. Ele foi
internado no Hospital Geral Roberto Santos.
"Ele estava debilitado [...], mas lembrava
sempre com muito carinho [da época de Chiclete] e grato a tudo isso",
conta Vera. A produtora ainda informou que o artista deixou projetos a serem
gravados. O perfil do Chiclete com Banana publicou uma nota lamenta a morte do
cantor.
Missinho deixa dois filhos, Pablo e Mahal Ferreira.
A família ainda não divulgou o horário nem local do sepultamento.
Por Correio24horas