
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O INSS pagou R$ 193 milhões a
beneficiários com indicativo de óbitos entre janeiro de 2019 e junho de 2023.
De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os pagamentos foram feitos
a 17,7 mil pessoas com óbito registrado em bases de dados governamentais.
Apenas no mês de junho de 2023, foram identificados pagamentos a 2.950
beneficiários com registro de óbito, num total de R$ 5,5 milhões.
A fiscalização da CGU apontou
que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses depois do
registro do óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e
no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob). Os dados são checados ainda junto às
bases do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.
O número foi divulgado nesta
quinta-feira (2) pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. A
auditoria cruzou os dados da chamada Maciça do INSS, a atualização periódica na
folha de pagamento do instituto, com os dados do Sisob e so Sirc.
"A partir do cruzamento
desses dados, identificaram-se 17.738 beneficiários na Maciça cujo CPF do
titular consta nessas bases como falecido, envolvendo 18.747 benefícios que
totalizam R$ 193.136.813,11 em pagamentos pós-óbito", diz o relatório.
No período analisado, a CGU
aponta o crescimento no volume de pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários
mortos de 2019 a 2022, com queda em 2023. Foram pagos R$ 35,3 milhões em 2019,
R$ 41,7 milhões em 2020, R$ 42 milhões em 2021 e R$ 46 milhões em 2022, com
redução para R$ 27,6 milhões no ano passado.
Como causas dos pagamentos
indevidos, a CGU apontou a falha na rotina automatizada de tratamento de óbitos
e falhas no sistema Dataprev. “Ressalta-se a importância da utilização de
outras fontes de informação, por exemplo, a base do CadSUS, que possibilitam a
identificação de óbito e funcionam como mecanismos complementares nos casos em
que o tempo entre o registro do óbito no Cartório e no Sirc seja extenso”,
sugeriu a CGU.
Por Bahia
Notícias