Febre oropouche Crédito: Freepik
A Bahia atingiu a marca de 154 contaminadas com a
Febre Oropouche em 2024. Os 59 novos casos foram confirmados pelo Laboratório
Central de Saúde Pública (Lacen) no último sábado (20). Os novos casos são de
pacientes em Feira de Santana (1), Camacan (1), Wenceslau Guimarães (3), Jiquiriçá (1), São Miguel das Matas (2),
Ibirapitanga (2), Gandu (1), Igrapiúna (2), Taperoá (11), Laje (4), Mutuípe
(15), Salvador (1), Jaguaripe (1), Santo Antônio de Jesus (1) e Teolândia (13).
Até o momento, os casos confirmados estão
concentrados nas regiões sul e leste do estado. Os municípios com casos
confirmados em todo o estado foram: Feira de Santana (1), Camacan (1),
Wenceslau Guimarães (3), Jiquiriçá (1), São Miguel das Matas (2), Amargosa (3),
Camamu (1), Gandu (12), Ibirapitanga (3), Ituberá (1), Jaguaripe (3), Laje
(18), Maragogipe (1), Mutuípe (19), Piraí do Norte (1), Presidente Tancredo
Neves (9), Salvador (3), Santo Antônio de Jesus (6), Taperoá (15), Teolândia
(36), Valença (10) e Igrapiúna (5).
O que é a Febre Oropouche?
Como o nome sugere, a Febre Oropouche é uma doença
causada pelo vírus oropouche. Transmitido aos seres humanos principalmente pela
picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse
vírus foi detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostra de sangue
de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Diferenças da Febre Oropouche e da Dengue
Além da diferença entre os mosquitos vetores, que,
no caso da dengue, é o Aedes aegypti, as doenças se diferenciam pela evolução
do quadro clínico. O paciente diagnosticado com dengue pode começar a sentir
dores abdominais intensas e, no pior dos casos, pode apresentar hemorragias
internas, o que não acontece na oropouche.
Uma característica específica da oropouche é a
apresentação de ciclo bifásico. Geralmente, a pessoa tem febre e dores por
alguns dias e eles desaparecem em seguida. Após uma semana, o quadro da doença
retorna, até sumir novamente.
Apesar de não haver casos de mortalidade pela
doença, uma outra característica marcante é que nos casos mais graves pode
haver comprometimento do sistema nervoso central, com quadros como meningite
asséptica e meningoencefalite, principalmente em pacientes imunocomprometidos.
Como prevenir?
De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de
prevenção incluem:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se
possível;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e
aplique repelente nas áreas expostas da pele, especialmente nas regiões com
maior número de casos;
- Manter a casa limpa, removendo possíveis
criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;
- Se houver casos confirmados na sua região, é
recomendado seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o
risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos;
*Com informações da Agência Estadão