O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu a crise na Faixa de Gaza como uma "carnificina" e pediu o fim da "matança". A declaração aconteceu nesta sexta-feira (1º) durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro aconteceu em São Vicente e Granadinas um dia após o Exército israelense atirar contra civis em Gaza que faziam fila por comida, deixando mortos e feridos, episódio também citado por Lula em sua fala.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, presente entre os líderes na plateia, ouviu o petista pedir que acione o Conselho de Segurança para tomar providência, além de propor a realização de uma moção pela Celac para fim imediato dos ataques de Israel à região. Lula pediu ao governo do Japão, que assumirá a presidência do Conselho de Segurança, que trate a pauta com urgência.

Após uma fala comparando os ataques do governo de Benjamin Netanyahu em Gaza ao assassinato de judeus na Alemanha nazista, Lula deflagrou uma crise diplomática com Israel. O governo brasileiro vem mantendo sua posição crítica, e o mandatário reafirmou sua postura, especialmente diante da reação de Israel, que chegou a levar o embaixador brasileiro ao Museu do Holocausto, uma postura incomum, vista como humilhação por diplomatas brasileiros.

No discurso, Lula também citou os reféns do grupo extremista Hamas, num gesto à comunidade judaica. Aliados do presidente e ele próprio buscam reforçar que as críticas são para o governo Netanyahu, não para os judeus. Em momento de descontração na cúpula, Lula pegou a câmera de um fotógrafo para tirar foto dos demais chefes de Estado presentes. O momento foi registrado nos perfis oficiais do presidente nas redes sociais por seu fotógrafo, Ricardo Stuckert.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por: Metro1 no dia 01 de março de 2024 às 14:53