Área recém-plantada com algodão no Oeste da Bahia
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Os cotonicultores do Oeste da Bahia concluíram o
plantio de algodão da safra 2023/2024. A área plantada é de 344,4 mil hectares,
9,3% a mais de área em relação à safra passada, que cultivou 312.560,3
hectares. Deste total, 96.943 mil hectares são irrigados, compreendendo 28,1%
da safra baiana. A perspectiva deste novo ciclo é que sejam colhidos em média
1.919 quilos de pluma por hectare.
A maioria dos produtores intensificou o plantio
irrigado no final de janeiro, buscando a melhor janela de plantio e conseguir
cumprir a data limite, de 10 de fevereiro, de acordo com o calendário agrícola
do fim do plantio do algodão na Bahia, de acordo com informe publicado pela
Associação Baiana dos Produtores de Algodão nesta quarta-feira (dia 28).
Segundo o presidente da Abapa, Luiz Carlos
Bergamaschi, esta foi uma safra de tomadas de decisões importantes por parte do
produtor, para colocar as plantadeiras em campo e estabelecer a cultura.
“Tivemos essa dificuldade com o clima, em que as chuvas vieram muito
irregulares e abaixo da média. Se o tempo correr bem, daqui para frente a
perspectiva é de manter a nossa estimativa inicial de 312 arrobas de
algodão/hectare, e torcer para que o clima nos favoreça, para obtermos a
produtividade e a qualidade reconhecidas pelo mercado em relação ao algodão da
Bahia”, afirma.
Com um início conturbado no plantio, diante da
instabilidade do clima, a Abapa registrou 11,5% de replantio, o que corresponde
a uma área de 28 mil hectares. O vice-presidente da entidade, Paulo Schmidt,
acredita que, a partir de agora, com a semente no solo, os produtores devem
fazer o manejo padrão com as melhores práticas agrícolas para manter a
produtividade média dos últimos anos. “Além do clima, temos que continuar
fazendo a nossa parte, intensificando o manejo do bicudo do algodoeiro, com
combate de focos no talhão e monitoramento dos botões florais atacados”, diz.