Transplante de órgão Crédito: Reprodução

 

Aumentar em 50% as notificações de morte encefálica e reduzir em pelo menos 10% a negativa familiar para doação de órgãos. Essas são metas citadas pelo médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde do Estado, para o ano em curso.

 

Segundo o médico, a negativa familiar, que fica em torno de 61%, índice acima da média nacional, ainda é um dos principais entraves para a efetivação das doações e, consequentemente, a realização dos transplantes.

 

No ano passado, em todo o Estado, foram realizados 308 transplantes de rim, sendo 22 de doadores vivos; 582 de córneas e 45 de fígado. A fila de espera para transplante tem 1843 pacientes para rim, 1331 para córnea, 30 para fígado e 3 para transplante cardíaco. Todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da história clínica e das doenças prévias. É possível doar coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e válvula cardíaca (tecidos).

 

O processo de doação de órgãos é iniciado com a identificação de um potencial doador nas unidades hospitalares. Após criteriosa etapa de exames e avaliações é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica, os familiares são informados e uma equipe especializada e treinada presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.

 

Projetos

 

Ampliar o programa de transplante renal para o interior baiano e implantar o transplante de córnea no Extremo Sul são metas do Sistema Estadual de Transplantes, que também prevê a ampliação do programa de transplante de renal em Vitória da Conquista e a implantação do programa de transplante de fígado no município.

 

O médico Eraldo Moura pontua que alcançar o status de “Fila Zero de Córnea” é a grande meta da Coordenação Estadual de Transplantes e do Banco de Olhos da Bahia, e que este é um desafio que juntos, “profissionais de saúde e sociedade, vamos vencer”.

 

A retomada do transplante cardíaco depois de quase dois anos sem realizar o procedimento é apontada pelo coordenador do Sistema Estadual de Transplantes como um dos avanços obtidos pelo Estado, que também tem a meta de implantar o programa de transplante de córnea nas regiões Oeste e Extremo Sul.