A Suécia se tornou parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta segunda-feira (26) após aprovação da Hungria, a última que restava para a entrada oficial do país na organização.
Para afiliar-se à Otan, é necessário a aprovação de todos os integrantes, o parlamento da Hungria adiou a decisão por cerca de 18 meses, até aprovar definitivamente a entrada da Suécia. Portanto, com o aval concedido, o país nórdico será convidado a aderir ao Tratado se tornando assim o 32º membro do acordo militar.
Analistas analisam que a demora da aprovação pela Hungria foi uma estratégia de negócios com a União Europeia, que viria a desbloquear bilhões de euros em fundos congelados. Um outro motivo apontado por especialistas, é a proximidade do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdoğan.
Entretanto, a visita do primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, à Hungria é apontado como o real motivo que acelerou as negociações, visto que no início da sessão parlamentar desta segunda, Orbán elogiou a visita de Kristersson. Segundo Orbán, a visita contribuiu para a construção de "uma relação justa e respeitosa entre os dois países" para além das "divergências de opiniões".
Com a entrada oficial do país na organização, o exército sueco e todo equipamento militar do país vão pertencer à Otan. Apesar do país ser pequeno, Simon Koschut, que ocupa a cadeira de política de segurança internacional na Universidade Zeppelin em Friedrichshafen, na Alemanha, disse à agência DW que "os suecos têm um exército muito moderno, em particular uma força aérea moderna de fabricação própria".
A Suécia também já participou de algumas missões da Otan, como no Afeganistão, usufruindo da sua potência marítima de submarinos. Ainda de acordo com o especialista, a localização geográfica do país é a principal razão pela qual a adesão da Suécia à Otan seria tão atraente.
Foto: Divulgação/Otan/Erik Luntang
