Ufba Crédito: Marina Silva/CORREIO
A Universidade Federal da Bahia recebeu, para o ano
de 2024, um orçamento 7% menor do que o do ano passado: R$ 173,2 milhões de
reais, R$ 13 milhões a menos do que os R$ 186,3 milhões recebidos em 2023.
Aplicada a correção inflacionária referente ao
último ano, pelo IPCA, a defasagem é ainda maior: seriam necessários R$ 21,6
milhões a mais somente para igualar a dotação orçamentária de 2023 mais a
inflação.
O orçamento destinado pela Lei Orçamentária Anual
(LOA) às universidades federais para o ano de 2024 sofreu um corte de R$ 310,3
milhões em relação ao ano passado, caindo de R$ 6,2 bilhões para R$ 5,9
bilhões.
"O corte é inexplicável, na medida em que
muitos ministérios, inclusive o da Educação (MEC), tiveram seus orçamentos
incrementados neste ano. É preciso, portanto, que o MEC reorganize internamente
seu orçamento, contemplando as universidades", disse o reitor Paulo
Miguez.
Miguez considera que, embora haja compreensão por
parte do Governo em relação à importância das universidades, é preciso que isso
se traduza urgentemente em investimento. "As universidades são a grande
aposta de nossa sociedade em um futuro de conhecimento e liberdade, e por isso
elas precisam ser protegidas, e não abandonadas", afirma Miguez.
Em valores nominais, ou seja, sem considerar sequer
a inflação, o orçamento de 2024 é inferior ao de 2014, quando a universidade
tinha menos alunos, cursos e área construída.
Aplicada a correção inflacionária acumulada de
50,7% a partir de 2016, ano em que a UFBA teve um orçamento de R$ 195 milhões,
patamar desde então não mais alcançado, a defasagem orçamentária para 2024
atinge impressionantes R$ 99 milhões.