Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Os militares da ativa
identificados pela Polícia Federal como coronel Giovani Pasini e coronel
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, teriam ajudado na redação de uma carta
de oficiais que pressionava o Exército a apoiar um suposto golpe de Estado.
O documento foi enviado ao então comandante do Exército, general Marco Antônio
Freire Gomes, para que adotasse postura radical diante dos pedidos de golpe
para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.
As informações estão no relatório da Polícia Federal que embasou os pedidos de
prisão e buscas, em 8 de fevereiro, contra ex-ministros e militares suspeitos
de tramarem um golpe de Estado após a derrota do ex-presidente para Lula (PT).
Os documentos foram obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo.
CANDIDATO
Pasini é oficial de artilharia
da turma formada na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em 1997. No
entanto, segundo colegas, ele passou a se dedicar ao ensino da língua
portuguesa e, aos poucos, foi deixando o rumo tradicional da artilharia para se
tornar professor de colégios militares e autor de livros.
Em 2022, o coronel pediu licença do Exército para se candidatar a deputado
estadual do Rio Grande do Sul pelo partido Patriota. Ele não foi eleito. De
volta à Força, decidiu pedir para ir à reserva, ato concretizado em fevereiro
de 2023, após a divulgação da carta.