Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) alertou nesta terça-feira (20), que mais da metade dos países se
encontram em situação de risco alto ou muito alto de surtos de sarampo até o
final deste ano.
A declaração foi feita pela
consultora técnica sênior sobre sarampo e rubéola da OMS, Natasha Crowcroft.
Durante discurso à imprensa, Natasha informou que o sarampo pode saltar caso
não sejam preenchidos os programas de imunização.
“O que nos preocupa é que este
ano, 2024, temos grandes lacunas nos nossos programas de imunização e se não as
preenchermos rapidamente com a vacina, o sarampo irá simplesmente saltar”,
disse Crowcroft em entrevista à imprensa, via Portal Metrópoles, parceiro do
Bahia Notícias.
Ela afirmou ainda que segundo os
dados da OMS, mais da metade do mundo pode correr risco de contrair surtos de
sarampo até o final de 2024.
“Podemos ver, a partir dos dados
produzidos com dados da OMS pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças
dos EUA), que mais da metade de todos os países do mundo estarão em risco alto
ou muito alto de surtos no final deste ano”, disse.
O sarampo é uma enfermidade
altamente contagiosa, transmitida pelo ar. Crianças menores de 5 anos de idade
são atingidas em grande maior parte pela doença. A imunização é a principal
ferramenta de prevenção do sarampo. As baixas taxas de vacinação preocupam as
autoridades de saúde.
A OMS indicou que as coberturas
vacinais insuficientes permitiram que os casos casos de sarampos aumentassem
79%, durante o ano passado. O Reino Unido, por exemplo, emitiu, no final de
janeiro, um alerta nacional para conter o surto de sarampo em cidades
britânicas. O percentual de crianças vacinadas está inferior a 65% em alguns
locais.
Durante a coletiva de imprensa,
a porta-voz da OMS solicitou o compromisso dos governos para vacinar e proteger
as crianças.
“Tivemos muitos surtos de
sarampo em todo o mundo e os países de rendimento médio sofreram muito. Estamos
preocupados que 2024 se pareça com 2019”, disse a consultora da OMS.