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O Comitê de Gerenciamento de Crise da Prefeitura se reuniu em caráter de urgência na tarde desta terça-feira (20), após Feira de Santana registrar 42 milímetros de chuvas em uma hora. Diversos pontos de alagamentos foram causados pela chuva forte que começou por volta do meio-dia. Moradores de vários bairros e localidades sofreram transtornos.

 

Em quatro horas foram 65 milímetros de chuvas que não estavam sendo esperados pela Defesa Civil. O engenheiro da Superintendência Municipal de Obras e Manutenções (Soma), João Vianey, falou em coletiva sobre as ações emergenciais que o comitê já está executando em conjunto com outras secretarias.

 

“O comitê coordena com a Sesp e a Soma, nas ações de limpeza das drenagens, a limpeza das vias públicas, retomando a condição de trafegabilidade. Nós estamos focados também em recuperar as caixas, recompor grelhas que porventura foram levadas pela chuva e foram vandalizadas. Então, esse trabalho todo ocorreu”, afirmou.

 

Segundo João Vianey, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso) está trabalhando no apoio às famílias, fazendo o cadastramento daquelas que estão em vulnerabilidade social.

 

O responsável pela pasta, Denilton Brito, esteve presente na reunião e informou sobre ações emergenciais para cuidar das pessoas mais afetadas pelos alagamentos.

 

“Na questão da assistência social, fazer o acolhimento das pessoas que precisam da alimentação, que precisam do aluguel social, quando ela tem a casa invadida ou numa situação de não se tornar habitável. Na questão dos colchões, a gente tem essa acomodação. Já estamos estruturando hoje a possibilidade de ter um colégio para deixar de prontidão para um abrigo de quem necessitar com cozinha pronta, com dormitórios, com toda estrutura e alimentos”, explicou.

 

Além disso, ele ressaltou que a chuva de hoje não era esperada, o que dificulta a publicação de um decreto de emergência. Conforme os dados oficiais, não estava previsto esse volume de água.

 

“Para que a gente possa ter um reconhecimento e apoio, inclusive, a nível estadual e federal, em função dos indicadores apontarem que se teriam chuvas ocasionais, mas não é isso o que está ocorrendo. Hoje tinha apenas um alerta amarelo, com chuvas rápidas e um tempo nublado, mas, de repente, nós fomos surpreendidos com uma chuva muito forte, apesar de rápida, mas que choveu mais de 30 milímetros, que normalmente é uma chuva suficiente para o dia inteiro”, pontuou.

 

Segundo Denilton Brito, comparando as chuvas de hoje com as do último sábado (17), mais bairros de Feira de Santana foram afetados.

 

Outro ponto discutido na reunião foram as causas para tantos alagamentos e transtornos em tão pouco tempo.

 

“Nós temos bocas de lobo. Por mais que se limpe, na hora em que a chuva vem com velocidade, ela termina entupindo as bocas de lobo e prejudica o escoamento da água com maior rapidez, e é por isso que gera esse alagamento na cidade”, disse o secretário da Sedeso.

 

Ainda segundo o engenheiro João Vianey, o prefeito Colbert Martins Filho, convocou os engenheiros e arquitetos municipais para que ações referentes às bacias, lagoas e córregos da cidade sejam executadas, a exemplo de limpezas para facilitar a vazão da água. 

 

“Vamos reforçar a ação nesse ponto para poder ter o escoamento e além da elevação, as cotas de elevação dessas áreas sejam menores e também o tempo de escoamento seja muito mais rápido. A ideia é fazer essa discussão ampla entre as secretarias para que a gente possa tomar essas ações. O prefeito já está sinalizando, com toda a equipe do Comitê de Crise, uma ação muito enfática no aspecto de ampliação de máquinas, o reforço dessa limpeza, que é o que, de forma imediata, gera um resultado e gera uma segurança para todo mundo. É o que o comitê está criando agora e tomando as ações cabíveis”, declarou.

 

Ele explicou ainda que apesar de algumas redes de drenagens estarem limpas, o lixo acumulou com as chuvas e travou o escoamento. Equipes da Superintendência Municipal de Trânsito e a Soma, já conseguiram liberar o tráfego em alguns túneis que a situação de alagamento ocorreu, como o da Avenida João Durval.

 

“A questão do lixo, não só na microdrenagem, que é o corriqueiro e nós temos essa incidência rotineiramente, também a condição das macrodrenagens, que têm ocupações irregulares, você tem lixo de grande porte. Até foi citado na reunião a questão de sofás, a questão de colchão, eletrodomésticos lançados na rede após a quebra. Isso compromete a vazão e agrava num momento de chuva desse. E, infelizmente, com a recorrência de chuvas concentradas que o município está tendo, tudo isso agrava a situação para toda a população”, relatou Vianey.

 

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As informações são da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)