Foto: Barbara Silveira / Sesab
O Governo da Bahia anunciou
novas medidas de combate à Dengue. Nesta segunda-feira (19), mais três cidades
baianas vão iniciar o uso do Ultra Baixo Volume (UBV), também conhecido como
"fumacê", estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor
da doença, que consiste na pulverização de inseticida para eliminar a maior
parte dos mosquitos adultos presentes na região.
Além de Wanderley, Lajedão e
Morro do Chapéu, que passam a contar com a estratégia, mais sete municípios
baianos também receberam o reforço do fumacê no combate ao Aedes aegypti, são
eles: Salvador, Piripá, Encruzilhada, Bonito, Feira de Santana, Jacaraci e
Juazeiro.
A secretária da Saúde da Bahia,
Roberta Santana, explica que, para que o uso do fumacê seja iniciado, o
município precisa preencher uma série de critérios técnicos e epidemiológicos a
fim de assegurar a efetividade da ação.
"O uso de fumacê é feito em
áreas onde há uma alta infestação de mosquitos ou um surto de doenças
transmitidas pelo Aedes aegypti, mas é preciso destacar que antes de recorrer
ao fumacê, outros métodos de controle de vetores, como eliminação de criadouros,
tratamento larvicida e educação da comunidade, devem ser avaliados ou
utilizados. O fumacê é o que chamamos de último método a ser utilizado,
recorremos a ele quando os outros métodos de controle não são suficientemente
eficazes ou viáveis", destaca.
No período de 1º de janeiro a 10
de fevereiro de 2024, a Bahia registrou 7.355 casos de Dengue, um incremento de
4,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Atualmente, 23
municípios se encontram em epidemia. São eles: Anagé, Belo Campo, Bonito,
Botuporã, Brejões, Condeúba, Encruzilhada, Feira da Mata, Ibiassucê, Ibicoara,
Ibitiara, Igaporã, Ipiaú, Iramaia, Irecê, Jacaraci, Matina, Morro do Chapéu,
Mortugaba, Novo Horizonte, Piripá, Rodelas e Vitória da Conquista. Outras 20
localidades são consideradas áreas de alerta.
"O Governo do Estado,
através da Secretaria da Saúde, não tem poupado esforços para combater o
aumento do número de casos através de plano de contingência com ações efetivas
em todas as regiões da Bahia. Além das ações que já vínhamos realizando desde o
ano passado, também adquirimos novos veículos de fumacê e faremos a
distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os Agentes de Combate às
Endemias", completa a secretária, reforçando ainda que estão sendo
intensificados os mutirões de limpeza com o auxílio das forças de segurança e
emergência, além do uso de bombas costais por agentes de saúde em diversas
cidades baianas.
Para a diretora da Vigilância
Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, municípios e a própria população
precisam auxiliar no combate ao mosquito. “A grande maioria dos criadouros está
dentro das casas. Não podemos deixar acumular água em recipientes como
garrafas, pneus e pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir
as caixas de água”, lembra.