Foto: Reprodução / Petrobras
O anúncio de que a refinaria
Mataripe [ex-Rlam], em São Francisco do Conde,
na Região Metropolitana de Salvador (RMS), pode voltar ao controle da Petrobras
tem motivado especulações sobre o formato em que a empresa será reformulada.
Na última terça-feira
(13), o presidente da petroleira, Jean
Paul Prates, anunciou um acordo com o grupo Mubadala, com fins de
formar uma parceria para gerir a refinaria baiana, a segunda maior do país, o
que pode incluir a retomada da ex-Rlam.
A refinaria foi privatizada em novembro de 2021 como
parte do programa de privatizações do então governo Bolsonaro. A outra
refinaria vendida foi a Isaac Sabbá (Reman), em Manaus. Ao Bahia Notícias, o
diretor do sindicato dos petroleiros da Bahia, Radiovaldo Costa, acredita que o
acordo pode transformar a Mataripe é uma subsidiária da estatal, com a
Petrobras sendo a principal acionista.
“Eu vou emitir uma opinião
pessoal. Do que eu conheço a Petrobras e do que está nas entrelinhas da fala do
presidente é que a Rlam será uma subsidiária em que a Petrobras terá a maioria
das ações. É o ideal, não, seria bom comprá-la de volta. Mas será um negócio
bom. Já o grupo Mubadala, que não atua só com petróleo, vai ter o investimento
dele de volta”, especulou Radiovaldo.
Caso o controle venha de fato
para a Petrobras, o petroleiro acredita que outra mudança será no preço dos
combustíveis cuja tendência seja cair. “Eu acredito que nós teremos uma
redução nos preços nos derivados que são praticados hoje pela Acelen [empresa
responsável pela refinaria] e a economia baiana ganha com isso”, conjeturou.
Em relação aos funcionários, o
Sindipetro pediu uma reunião na próxima semana com representantes da Acelen
para saber como ficará a situação deles.
“Nós já pedimos uma reunião para
tratar de como ocorrerá essa transição. Tem muita gente que saiu de cidades
baianas para outras partes do país e querem retornar para os locais de origem,
por exemplo”, disse Radiovaldo Costa.