O FGTS Futuro deve permitir aos trabalhadores arcarem com as parcelas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A modalidade, deve ser regulamentada em março, permitindo o uso do saldo futuro do Fundo em financiamentos na Faixa 1 do programa habitacional.
A modalidade foi instituída no governo de Jair Bolsonaro (PL) e chegou a ser aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, mas não passou a valer. Com a iniciativa, famílias poderiam usar 8% de seu salário, que por lei depositam mensalmente no Fundo, para complementar a parcela do MCMV.
De acordo com as regras do programa, os beneficiários só podem comprometer 30% da renda com a parcela da casa. Se o brasileiro estiver no teto do Faixa 1, por exemplo, ganhando R$ 2.640, poderia pagar mensalmente no máximo R$ 762. Com o FGTS Futuro, será possível ao trabalhador acessar parcelas até 26% mais altas, segundo projeção avalizada pelo economista e especialista em contas públicas, Murilo Viana.
É importante destacar que a análise familiar pelos bancos é realizada caso a caso, e não é possível atingir o valor máximo de financiamento caso a família tenha empréstimos a pagar. Além disso, o governo Lula não apresentou todos os detalhes de como será a regulamentação. Segundo estimativa do governo federal, 60 mil casas serão financiadas por ano com os recursos do FGTS Futuro.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil