Foto: Rafa Caribé / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias
A Polícia Civil da Bahia (PC-BA) segue investigando o caso de estupro no
circuito Dodô (Barra-Ondina), do Carnaval de Salvador. Neste domingo (10),
quarto dia da folia baiana, a delega-geral Heloísa Brito, disse que três
testemunhas já foram ouvidas sobre o ocorrido.
"O que a polícia faz num primeiro momento? Ela começa a fazer todo
o levantamento da área, então nós vamos até as ruas onde os fatos aconteceram.
Conseguimos solicitar as imagens de vários prédios e a partir daí começamos o
trabalho de burilar as informações para a partir dali ter algum dado. Com
relação ao último, já ouvimos três testemunhas. Isso é importante também,
porque ela vai nos dando a dinâmica do fato", disse em entrevista ao Bahia
Notícias.
Na última quinta-feira (8), uma mulher registrou queixa após ter sido
vítima de estupro coletivo nas imediações da praia no circuito Dodô. As
investigações estão sendo feitas pela Delegacia Especial de Atendimento à
Mulher (Deam).
Heloísa Brito destacou que a vítima é uma peça chave das investigações.
No entanto, ela só será ouvida pelos investigadores quando tiver condições de
contar o que aconteceu.
"O trabalho de investigação precisa muito da participação da vítima
e, nesse momento, precisamos preservar o momento dela. Não somos nós que
escolhemos o momento que ela vai conversar conosco. É ela que vai, quando se
sentir um pouco mais tranquila", afirmou. "Então, a partir daí, isso
traça para a gente os primeiros elementos para que a gente possa impulsionar as
investigações. Mas o que eu posso dizer é que a Polícia Civil, desde que
aconteceu e não é só a Delegacia de Atendimento à Mulher, mas toda nossa
estrutura de investigação está voltada para que a gente consiga chegar a esses
autores o mais rápido possível", completou.
Em relação aos casos de violência de gênero ou importunação à mulher, a
delegada-geral disse que as ocorrências do Carnaval de 2024 estão dentro da
média dos anos anteriores.
"A gente teve três ocorrências registradas com relação à mulher que
foi vítima de algum tipo de violência, teve uma importunação, mas foi dentro da
média que a gente teve no ano passado. Essa questão é importante de ser dita,
porque trouxemos muito para a consciência que não se pode pegar à força para
beijar, que não se pode passar a mão no corpo da mulher sem autorização. Óbvio
que isso acaba fomentando o registro maior, porque esses casos infelizmente
ainda acontecem, mas nada que fuja muito do que nós tivemos no ano
passado", pontuou.