Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
Graças ao aumento de preços no
grupo de alimentação e bebidas, a inflação oficial brasileira foi de 0,42% no
mês de janeiro deste ano. Foi o que revelou o IBGE na manhã desta quinta-feira
(8), ao divulgar os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que registra a inflação oficial do país.
Apesar da alta, a inflação no
mês de janeiro desacelerou em relação à taxa de 0,56% apurada em dezembro do
ano passado. O resultado de janeiro deste ano também é melhor se comparado com
os 0,53% verificados no mesmo mês de 2023. Também houve queda no acumulado dos
últimos 12 meses: em janeiro, o IPCA acumulou alta de 4,51% em um ano, abaixo
dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Na avaliação do IBGE por
cidades, a capital da Bahia, Salvador, foi uma das que verificou o menor
aumento de preços no mês de janeiro. Assim como Porto Alegre, Salvador teve uma
inflação em janeiro de 0,13%, maior apenas do que a de Brasília (-0,36%), e menor
do que outras 13 capitais entre as 16 pesquisadas para a composição do IPCA.
A variação de preços na capital
baiana no mês de janeiro também ficou bem menor do que a média verificada para
o Brasil (0,42%). O índice de janeiro em Salvador (0,13%) também revelou uma
queda acentuada em relação aos preços apurados no mês de dezembro de 2023
(0,84%).
Com relação à avaliação dos
últimos 12 meses, enquanto a variação de preços para todo o país ficou em
4,51%, o indicador do IBGE mostra uma inflação anual de 3,49% na capital
baiana. Entre as 16 capitais pesquisadas, a inflação de 12 meses em Salvador só
perde para São Luís (2,79%).
De acordo com o IBGE, os 0,42%
registrados neste começo de ano foram influenciados principalmente pelo aumento
de 1,38% do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador
(21,12%). Com esse resultado, os alimentos também exerceram o maior impacto
sobre o índice do mês (0,29%).
“O resultado de janeiro tem,
assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O
aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura
alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica
o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida. Segundo ele, esta é a maior alta
de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
Nesse cenário, a alimentação no
domicílio também ficou mais cara (1,81%), influenciada sobretudo pelo avanço
nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca
(9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).
Já a alimentação fora do
domicílio (0,25%) desacelerou frente a dezembro (0,53%), com as altas menos
intensas do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%). No mês anterior, os dois
subitens haviam registrado aumento de 0,74% e 0,48%, respectivamente.
Por outro lado, o grupo de
transportes, o segundo de maior peso no IPCA (20,93%), registrou deflação de
0,65%. Nos quatro últimos meses de 2023, houve uma alta acumulada de 82,03%
nesse subitem.
Também no grupo dos transportes,
houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol
(-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). Já o gás veicular
(5,86%) foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês.