Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília
A ivermectina voltou a ganhar
holofotes como possível solução para combater doenças - dessa vez, a dengue. De
acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de boato veiculado, inclusive, no
perfil das redes sociais de alguns profissionais de saúde, mas sem dado ou
fonte que comprove a informação.
O medicamento, um antiparasitário, chegou a ser defendido em meio à pandemia de
covid-19 como parte de um tratamento precoce contra a doença, porém, sem
eficácia comprovada. A pasta lembra que, à época, estudos demonstraram a
ineficácia do remédio no combate ao coronavírus.
“Para ficar claro: a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral
da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o
remédio para o tratamento da doença”, alertou o governo federal em nota.
“Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário
epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, completou.
Tratamento
De acordo com a pasta, o protocolo oficial para dengue prevê que o médico
identifique os sintomas a partir de uma pesquisa com o próprio paciente. Em
seguida, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.
Para os casos leves de dengue, a recomendação é repouso enquanto durar a febre;
hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em
caso de dor ou febre. É o paciente não pode tomar ácido acetilsalicílico. Na
maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.
“É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de
sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos
persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do
paciente para o manejo clínico adequado”, reforçou o ministério.
A pasta ressalta que as condutas clínicas indicadas são sustentadas em bases
científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente. O
Ministério da Saúde também destaca que os medicamentos prescritos para o
tratamento têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).