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Funcionários
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoinhas entraram em
contato com o Acorda Cidade a fim de cobrar um posicionamento da administração
municipal, referente ao atraso de salários e às condições de trabalho que,
segundo eles denunciaram, são precárias. Além disso, eles reclamam da falta de
manutenção de ambulâncias e de materiais para atendimentos no município.
Um
profissional que não quis se identificar conversou com a reportagem. Segundo
ele, os trabalhadores receberam neste mês o pagamento referente a novembro.
Diversos pedidos de regularização do salário já foram feitos diretamente à
Secretaria de Saúde de Alagoinhas, responsável pela administração do Serviço,
mas nada foi feito.
“Atuo
nesse serviço há algum tempo. Essa questão dos atrasos de pagamento já tem se
arrastado nos últimos meses e sem uma justificativa plausível da secretaria com
relação ao motivo desses atrasos. O prazo contratual para pagamento é de 30
dias a partir da emissão da nota. Com relação aos pagamentos referentes ao
trabalho de novembro, esse prazo venceu no dia 5 de janeiro. E a gente teve os
pagamentos efetuados no dia 1° de fevereiro, ou seja, há quase um mês de
atraso. Então, hoje no dia 5 de fevereiro ou amanhã, não sei exatamente a data,
mas entre esses dias 5 e 6 já vence o prazo contratual para pagamento do mês de
dezembro, e como a gente acabou de receber novembro, a gente não tem um prazo,
e não tem uma previsão, não tem uma justificativa da secretaria com relação a
esses atrasos que já vêm, como eu disse, se arrastando aí, pelo menos desde o
mês de agosto do ano passado”, relatou.
Com
relação aos atrasos de salário, eles disseram que já pediram reuniões com a
secretária algumas vezes e alguns retornos, porém não obtiveram êxito. “A gente
não tem tido, pelo menos, previsões ou justificativas com relação a esses
atrasos salariais”, afirmou o médico ao Acorda Cidade.
Além
do pagamento em atraso, o trabalhador ainda destacou as condições precárias das
ambulâncias, da falta de materiais para realizar os atendimentos e de
manutenção na central de regulação. Ele aproveitou para pedir que os problemas
apontados pela equipe de profissionais sejam atendidos.
“Tem a
situação também das ambulâncias, que geralmente estão quebradas. Atualmente
acho que as três ambulâncias estão funcionando, mas constantemente a gente tem
essas questões da ambulância quebrada, ou falta de material, falta de insumo
durante os finais de semana. A própria central de regulação, que é o centro de
operações, já está há meses com a parede bastante mofada, o que teria uma
solução rápida a nível de gestão mesmo. Não parece algo tão difícil de ser
resolvido, de ser revertido, mas apesar de diversas sinalizações, não é feito
nada para tentar reverter essa situação. Enfim, a situação é mais ou menos
essa”, finalizou.
O Acorda Cidade entrou em
contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Alagoinhas e aguarda o retorno.
Com informações da jornalista
Iasmin Santos do Acorda Cidade