A Bahiagás
não deve ser privatizada, pelo menos não imediatamente. Isso foi o que garantiu
o secretário da Casa Civil da Bahia, Afonso Florence, ao indicar ao Bahia
Notícias que não existem discussões sobre o tema na cúpula da gestão
estadual.
Ao BN,
Florence confirmou que alguns estudos técnicos sobre as finanças da empresa
foram contratados. "Nós estamos com estudos contratados para analisar a
saúde financeira da empresa. A capacidade de investimento da empresa. No plano
de governo, ela tem um papel na política de desenvolvimento econômico e de
transição da matriz energética. Ainda tem setores que queimam de muitas
maneiras. Vamos fazer o estudo de precipitação, do valor de mercado dela.
Ficará na mesa do governador, que é o acionista majoritário, que é o estado, as
opções possíveis. Não há decisão nenhuma de vender, pelo contrário",
assegurou.
"Ha uma análise cuidadosa, inclusive, recentemente, a
Bahiagás optou por construir um gasoduto entre Jequié e Vitória da Conquista.
Estamos produzindo os elementos técnicos para planejar ou executar",
completou.
Em
2023, os trabalhadores da empresa, que iniciou as atividades no ano de
1994 e vem sendo a responsável pela distribuição do gás natural em toda a
Bahia, realizaram
protestos contra uma eventual privatização. Em ao menos duas
oportunidades, os funcionários se
queixaram do "avanço" na empresa.
Sob a administração do Governo do Estado - sócio
majoritário, a empresa de economia mista tem ainda como acionistas a Gaspetro
(subsidiária da Petrobras) e a Mitsui Gás e Energia do Brasil. Recentemente,
presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes
(PSD), afirmou ser
favorável à privatização de empresas que “não estão dando retorno, nem para o
governo estadual e nem para o governo federal”, mas se
esquivou de comentar sobre a situação da companhia por não “conhecer os
números”.