Foto: André Motta de Souza/Divulgação Petrobras
A produção industrial brasileira
ficou praticamente estável no ano de 2023 (0,2%), depois da queda de -0,7%
registrada no ano anterior. Foi o que revelou a Pesquisa Industrial Mensal
(PIM), divulgada nesta sexta-feira (02) pelo IBGE.
A pesquisa mostrou que de
novembro para dezembro a atividade industrial no país cresceu 1,1%. No último
mês do ano, a produção aumentou 1% em relação a igual período de 2022, na
quarta alta seguida.
Na comparação com dezembro de
2022 (alta de 1%), o IBGE apurou resultados positivos em uma das quatro
categorias econômicas, 12 dos 25 ramos, 32 dos 80 grupos e 44,6% dos 789
produtos pesquisados. O último mês do ano passado teve dois dias úteis a menos.
Os destaques positivos foram
registrados por indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e
biocombustíveis e produtos alimentícios. Já entre as atividades com indicadores
negativos destacam-se veículos automotores, produtos químicos, máquinas e
equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos.
O resultado geral da indústria m
2023 foi puxado pelas indústrias extrativas, cujo crescimento é sustentado
tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro. Já a indústria de
transformação, que tem a maior parte dos ramos industriais no campo negativo,
teve um comportamento de menor intensidade e fechou o ano com um recuo de 1,0%,
queda mais intensa do que a verificada em 2022, quando havia recuado 0,4%.
De acordo com declaração de
André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal no IBGE, os resultados da
indústria brasileira em 2023 estão sendo impactados pela gradual melhora dos
indicadores macroeconômicos e de emprego e renda.
“Esse avanço recente da produção
industrial pode ser explicado pelo comportamento positivo do mercado de
trabalho, com redução na taxa de desocupação e aumento na massa de rendimentos;
e por uma inflação em patamares mais controlados, especialmente no segmento de
produtos alimentícios”, disse Macedo.
“Vale destacar também a
contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às
commodities. Também se observa, ao longo do ano, o início da flexibilização na
política monetária com a redução na taxa de juros. São fatores importantes para
se entender o movimento recente da indústria para o campo positivo”, ressaltou
o responsável pela pesquisa.