Foto: Sérgio Figueiredo / Bahia Notícias
A desembargadora Cynthia Resende
foi empossada na manhã desta quinta-feira (1º) como nova presidente do Tribunal
de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em entrevista a jornalistas presentes na
solenidade, realizada no Fórum Ruy Barbosa, a presidente enalteceu a presença
de mulheres em espaços de poder e avaliou que sua eleição foi um marco nesse
sentido.
"Isso mostra que tudo vem
evoluindo, e a mulher hoje vem ocupando seus espaços, os espaços que são
devidos e merecidos, porque não existe superioridade de ninguém. Não existe
superioridade masculina nem feminina, todos somos iguais, todos temos a mesma
capacidade e podemos alcançar os cargos de gestão, de chefia, independentemente
de sexo. Hoje já se consegue admitir que as mulheres têm essa capacidade
também, tanto quanto os homens", disse.
De acordo com a desembargadora,
o caminho a partir de agora é usar a tecnologia como aliada do Tribunal para
dar maior celeridade aos processos. Além disso, a presidente afirma que o
investimento em pessoal também é um passo importante a ser dado.
"Eu vou a partir da próxima
semana reunir com o secretariado, com todas as equipes administrativas do
tribunal para nós traçarmos justamente as prioridades. Mas o caminho será esse:
tecnologia para melhorar a mobilidade dos processos, a agilidade dos processos
e também investimento em pessoas. Nós precisamos muito ainda de servidores. A
expectativa é seguir os passos do presidente Nilson [Castelo Branco] que está
saindo, levar adiante os projetos que ele começou, ampliar e melhorar cada vez
mais a prestação judicial, nós estamos precisando muito", sinalizou.
UNIÃO ENTRE OS PODERES
Ainda durante o bate-papo, a desembargadora destacou a união entre os poderes e
garantiu que vai manter o diálogo com o Executivo e o Legislativo.
"Manter sempre o diálogo, é
importantíssimo esse diálogo com o Executivo e com o Legislativo, porque um
depende do outro. O Judiciário tem uma receita própria, mas não é suficiente
para se manter, então a gente precisa ter esse diálogo com o Poder Executivo em
relação a orçamento e em relação ao poder legislativo quando nós temos projetos
de reestruturação", disse.
"A Defensoria tem que atuar
em prol do cidadão, o Ministério Público também acompanhando as necessidades,
as ações coletivas. O Ministério Público hoje tem um papel muito importante
perante a sociedade e junto ao Judiciário também, com os advogados, a Ordem dos
Advogados para que essa engrenagem toda funcione de uma maneira perfeita sem
choque, sem interrupção", acrescentou.