Foto: Divulgação SSP
A novela sobre a implantação das
câmeras do fardamento dos policiais militares da Bahia ganhou novos capítulos.
O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, revelou novas
informações a respeito do uso das “bodycams” na Bahia, durante entrevista ao
Bahia Notícias na apresentação da Operação Abadá 2024.
Segundo o titular da SSP, o
governo estadual tem a previsão e a expectativa de colocar o objeto em uso, no
mês de março, após o Carnaval.
“A previsão é que a gente
consiga fazer a instalação das câmaras e uso delas a partir de março. É o prazo
que a empresa tem para fornecimento dessas câmeras e a nossa expectativa é que
seja a partir de março. Nós, lógico, já estamos trabalhando com o treinamento
de alguns policiais que farão o uso dessas câmaras. Estamos também trabalhando
no protocolo operacional padrão de utilização dessas câmaras e a expectativa é
que em março a gente comece a fazer o uso dessas”, indicou o
secretário.
O novo prazo chega após o
Governo da Bahia recuar e desistir de instalar o material no Carnaval da Bahia
deste ano (veja aqui). A
possibilidade foi levantada pelo o secretário no último dia 10 de janeiro. No
entanto, o governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT), recuou da decisão
de adotar o uso dos equipamentos na festa deste ano.
CONFLITOS DE TERRA
Ainda durante a entrevista nesta
segunda-feira, Marcelo Werner comentou também sobre os conflitos por terra, que
tem acontecido no interior da Bahia. No caso, dois fazendeiros foram presos
acusados pela morte de uma indígena Pataxó,
em Potiraguá, no Médio Sudoeste baiano. A situação aconteceu no último dia 21,
quando Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó, foi
baleada e não resistiu aos ferimentos. Um cacique, Nailton Muniz Pataxó, também
ficou ferido e foi levado para um hospital da região. Não há mais informações
sobre o estado de saúde dele.
“Bem, o que eu posso dizer em
relação a isso, desde o evento, que a gente lamenta, não podemos permitir que
qualquer lado, qualquer pessoa use a sua força, as suas razões para poder
violentar alguém e chegar ao resultado de letalidade. A primeira coisa que a
gente tem que pontuar, a partir daí é que ouvimos diversas reuniões
capitaneadas pelo governador com diversos órgãos do sistema de Justiça Criminal
para que houvesse o acompanhamento, não só daquela situação, mas de outras
situações. A Polícia Civil e a Polícia Militar de imediato atuaram”,
disse.
“É bom que se diga que duas
pessoas foram presas em flagrante a partir daquela situação. As investigações
foram conduzidas pela Polícia Civil com o apoio do governador. O DPT já havia
indicativo, inclusive, de que a arma de uma das pessoas presas foi a arma que
efetivamente realizou o disparo que ocasionou no homicídio da indígena e a
investigação continua avançando para a responsabilização de outros partícipes
nesse evento [...]”, afirmou Werner.