Foto: Fernando Frazão / Agência
Brasil
O programa governamental Minha
Casa, Minha Vida embala o otimismo do setor de construção em 2024, segundo
pesquisa realizada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas).
Dos empresários do setor
entrevistados, 53,7% têm expectativas positivas para 2024.
De acordo com o estudo Sondagem
da Construção de dezembro, o Minha Casa, Minha Vida "já começou a
movimentar o mercado, impulsionando lançamentos e vendas nos últimos meses do
ano, apontando uma retomada do ciclo que começava a enfraquecer. Entre as
empresas de infraestrutura, há toda uma programação de investimentos que deve
contribuir para que a atividade continue a crescer ao longo de 2024".
O programa do governo federal
subsidia compra de casa ou apartamento para famílias com renda até R$ 8.000
mensais, com taxas de juros mais baixas que a do mercado.
O Minha Casa, Minha Vida já foi
um dos três motivos do crescimento dos lançamentos imobiliários no país no
segundo semestre do ano passado, ao lado dos descontos oferecidos pelas
construtoras e da evolução no segmento de alta renda. Na parte da infraestrutura,
o aumento da demanda aconteceu por causa de investimentos privados e públicos,
diz o FGV Ibre
A pesquisa mostra que, entre os
otimistas, 71% veem uma paisagem positiva para o setor, enquanto 30% acreditam
em aumento de receitas em 2024 e 24,3% creem na melhoria do cenário
macroeconômico.
A Sondagem da Construção é
realizada mensalmente pelo FGV Ibre para reunir um conjunto de informações
usados no monitoramento e antecipação de tendências econômicas do setor.
O otimismo na construção é,
porém, inferior ao da média registrada entre os empresários da indústria,
comércio e serviços (59,4%). É menor que o da indústria (66,9%) e serviços
(58,5%), mas maior que o do comércio (50,6%).
Se 53,7% têm expectativas
positivas, há 14,7% com visão pessimista de 2024 e 31,6% que não souberam
responder.
Entre os que não acreditam em um
bom ano, 85% atribuíram à descrença à incerteza ou à falta de confiança na
política econômica do governo federal.