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A mais recente vítima fatal da
dengue no Distrito Federal (DF) é uma psicóloga e moradora do bairro Guará, de
29 anos. Ela morreu em um hospital particular no Cruzeiro Velho, depois de
contrair a forma hemorrágica da doença. Até o momento, o DF tem mais de 16 mil
casos de dengue confirmados.
O Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, teve
acesso ao atestado de óbito da mulher, que classifica a dengue como a causa da
morte. Atendendo a um pedido da família, a reportagem não a identificou. Apesar
de a morte ter ocorrido em 19 de janeiro, o último boletim epidemiológico não
apresenta a psicóloga como uma das vítimas. Segundo a Secretaria de Saúde, a
área técnica pode levar até 60 dias para incluir um óbito no boletim.
“A dor está muito grande”,
detalhou a irmã da vítima. “Que a morte dela sirva como alerta de que estamos
em uma situação grave no DF, que tem muito mais mortes do que as que foram
divulgadas. Quando vi três mortes, fiquei revoltada, porque sabia que minha
irmã não estava sendo contabilizada”, indignou-se.
No dia 15 de janeiro, a jovem
foi diagnosticada com dengue e procurou um hospital particular na Asa Norte.
Chegando lá, ela foi orientada a ir para casa e se hidratar. A irmã reforça que
o hospital estava lotado no dia e havia outras pessoas com suspeita da doença.
Dois dias depois, a vítima passou mal à noite, mas pensou que poderia aguardar
até o dia seguinte e ir ao hospital pela manhã.
Porém, as dores abdominais
ficaram insustentáveis durante a madrugada e ela também apresentou vômito. A
família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e a jovem
foi levada a um hospital da rede privada no Cruzeiro.
“No mesmo dia, minha irmã foi
para UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e não saiu mais”, lamentou. “Era uma
menina de 29 anos, com a vida toda pela frente, formada em psicologia pela
Universidade de Brasília.”
Até o momento, a Secretaria de
Saúde reconhece apenas três mortes do caso, isso pelo prazo para concluir a
investigação da doença. Ceilândia é a região administrativa com maior
incidência de dengue, com 3.963 casos.
O óbito mais recente — também
ainda não notificado pela Secretaria de Saúde — é de um paciente que estava
internado no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, que morreu às 20h25 de
quinta-feira (25) devido a um quadro de dengue hemorrágica. Trata-se do empresário
Felipe Francisco de Carvalho Marín. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu,
recebeu atendimento, mas não resistiu.
Em função do quadro grave na
cidade, o Governo do Distrito Federal declarou situação de emergência na saúde
pública. A medida autoriza o Executivo local a comprar insumos, contratar
serviços e profissionais por tempo determinado, e, assim, de forma mais rápida,
conter o avanço dos casos.