Estudantes da rede pública de ensino da Bahia participam, até o dia 29
de janeiro, de encontros promovidos pela Yale Model United Nations (YaleMUN),
em Connecticut, e Model United Nations (HarvardMUN), em Boston para se reunir
com outros líderes do Ensino Médio de 50 diferentes países.
Eles participam de simulações de conferências da Organização das Nações
Unidas (ONU) e debatem questões que afetam a realidade global. Essas atividades
são vistas como laboratórios para o aprendizado, pois trabalham com as esferas
da Diplomacia, da Ciência Política, da Política Internacional e do Direito, bem
como inspiram o protagonismo juvenil na busca por soluções aos problemas que
afetam suas realidades.
A Bahia, através da Secretaria Estadual da Educação (SEC), é o único
Estado brasileiro que promove simulações inspiradas nas reuniões dos comitês da
ONU para estudantes da rede pública, por meio dos quais os alunos são
selecionados para o evento internacional.
Alguns dos estudantes são: Ana Caroline Oliveira dos Santos, 17 anos, do
Colégio Estadual João Pessoa, de Itaquara; Isac Costa Lima, 16, do Centro
Educacional Deocleciano Barbosa de Castro – Tempo Integral, de Jacobina; e
Laisa Paulino, 20 anos, do Colégio Estadual Ailton Pinto de Carvalho, de
Salvador.
O contato com jovens de diferentes partes do mundo, com quem está tendo
a oportunidade de trocar ideias e propor soluções para os principais problemas
globais, é o fato que mais tem chamado a atenção da estudante Ana Caroline, que
está concluindo, este ano, o Ensino Médio. “Acredito que somos uma geração mais
politizada e engajada. Esta oportunidade é um incentivo ao pensamento crítico;
ao debate, que nos direciona para o lado mais político; e à liderança, pela
qual, desde criança, me identifico”, ressalta.
Já para Laisa Paulino a experiência representa a concretização de um
sonho, que só está sendo possível graças ao apoio que vem recebendo da escola,
da família e dos amigos. “É importante destacar que, apesar de muita gente
olhar com preconceito para a escola pública, foi graças ao estudo em uma
comunidade da periferia que estou fazendo minha primeira viagem ao exterior.
Sou a primeira pessoa da minha família a viajar para fora do país”, afirma, se
referindo ao colégio localizado no bairro de Lobato, Subúrbio Ferroviário de
Salvador. Ela reforça, também, que, por meio do aprendizado, as possibilidades
são inúmeras e concretas.
Por Correio24horas