Foto: Reprodução Sesab
A Secretaria da Saúde do Estado
da Bahia (Sesab) abriu sindicância nesta terça-feira (23) contra o Instituto de
Gestão e Humanização (IGH). O objetivo da sindicância é investigar as denúncias
de irregularidades no cumprimento das obrigações trabalhistas e acordos com as
categorias do setor saúde, em especial, o grupo de enfermagem.
A medida da pasta chega após
enfermeiros e fisioterapeutas relatarem atraso salarial e irregularidades
trabalhistas. Uma funcionária que preferiu não se identificar, relatou à
reportagem do Bahia Notícias, que o atraso já acumula dois meses.
“Eles já tinham feito isso
anteriormente e ficaram se arrastando por oitos meses na época do São João. Mas
chamamos a imprensa e eles resolveram. Agora, este problema voltou novamente
e já estamos na boca do Carnaval, mas isso [o atraso] ainda continua.
Eles [IGH] não estão pagando os funcionários, dizendo que a Sesab não está
pagando a eles. Disseram que o Governo do Estado passou metade do valor e eles
pagaram só uma parcela dos funcionários, que foram os técnicos de enfermagem, e
ficaram psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais sem
receber. Até hoje não recebemos”, afirmou.
A Sesab informou ao BN que todas
as organizações sociais e prestadores de serviços de enfermagem, incluindo o
IGH, receberam os recursos federais para o pagamento aos profissionais.
A pasta informou que a
organização já tinha sido anteriormente notificada administrativamente para
realizar o pagamento ao quadro de colaboradores da enfermagem, contudo não
regularizou em tempo oportuno.
“Adicionalmente há relatos de
atrasos consecutivos no pagamento de salários. Diante de tal cenário, a
organização social será convocada a prestar esclarecimentos, cujos
desdobramentos possíveis vão desde sanções administrativas a medidas judiciais,
a exemplo de ser considerada inidônea, o que impossibilita a realização de
quaisquer contratos com o Governo do Estado”, diz a nota da Sesab.
Por conta da situação a
categoria realizou na manhã de hoje um protesto por conta dos atrasos
salariais. Já o IGH ainda não se pronunciou sobre o assunto.