Agente da vigilância em saúde Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil
Minas Gerais deve atingir seu pico de casos de
dengue até o mês de março. A previsão foi anunciada nesta terça-feira (23) pelo
secretário de Saúde, Fábio Baccheretti. Até o momento, o estado contabiliza
32.316 casos prováveis e 11.490 confirmados, além de 14 mortes em investigação
e um óbito confirmado. Há ainda um óbito causado por Chikungunya, outro tipo de
arbovirose também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Durante coletiva de imprensa, o secretário explicou
que a explosão de casos não era esperada para 2024, já que 2023 já havia sido
classificado como ano epidêmico. Ele lembrou que o comportamento comum da
dengue é registrar um ano epidêmico intercalado por três anos com números mais
baixos.
“Este ano, vamos completar dois anos consecutivo
epidêmicos. Isso é uma novidade”, disse.
Segundo Baccheretti, a maior parte dos casos está
concentrada na região central do estado. O secretário também lembrou que o
retorno da circulação da dengue tipo 3 no país acende um alerta para casos mais
graves da doença. A preocupação se deve ao fato de que a chamada dengue grave
acontece, geralmente, quando a pessoa é infectada mais de uma vez, o que pode
acontecer quando há um novo sorotipo circulando.
“Teremos um ano epidêmico difícil no estado de
Minas Gerais. Não há dúvidas quanto a isso”, concluiu o secretário, ao citar
600 municípios com casos de dengue até o momento em todo o estado, sendo mais
de 150 deles com incidência classificada como alta ou muito alta de casos.