Fotos: Fernando Vivas/GOVBA
Cerca de 14 mil pessoas do
semiárido baiano terão acesso à água potável em casa. Nesta sexta-feira (19), o
Governo da Bahia lançou o novo edital do Programa Cisternas, que prevê a
instalação de mais de 3,7 mil cisternas em 176 municípios da região. Com um
investimento total de R$ 40,8 milhões, a iniciativa vai contratar entidades
para implementar tecnologias sociais voltadas ao acesso à água para consumo
humano.
A solenidade realizada no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, contou com a presença do governador
Jerônimo Rodrigues, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, Lilian Rahal, e de outras autoridades. A iniciativa, promovida
pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), em parceria
com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), integra o Programa Bahia Sem
Fome.
Jerônimo Rodrigues destacou que
o programa vai além da construção de cisternas. “Não é política apenas da fazer
a obra, mas de unir as forças da comunidade, para compreender a importância de
armazenar, tratar a água antes de usar. Esse programa ainda movimenta a
economia da comunidade, porque os pedreiros e os ajudantes são da própria
comunidade”, afirmou o governador. Ele ainda destacou que o empenho será
contínuo. “As cisternas ajudam a comunidade a guardar a água. Mas, vamos
trabalhar para que a água chegue permanente na casa das pessoas”, concluiu.
IMPLANTAÇÃO
O modelo de cisterna escolhido
para ser implantado é o de placa, que é uma alternativa barata, prática e
segura. Os equipamentos serão transferidos às populações rurais do semiárido
por meio de treinamento em serviço, capacitando a própria comunidade para o
aproveitamento da água da chuva, captada dos telhados. Do total de itens
instalados, 969 serão para escolas, com 52 mil litros cada, e 2.748 cisternas
de placas com capacidade para 16 mil litros para atender comunidades
quilombolas e famílias da zona rural de municípios atingidos pela seca ou falta
de água.
EDITAL
O edital será publicado no
Diário Oficial. Os interessados em participar podem se inscrever até o dia 19
de fevereiro. A chamada pública tem como foco as famílias quilombolas e em
situação de extrema pobreza, especialmente as chefiadas por mulheres e pessoas
com deficiências. Além disso, escolas localizadas em áreas rurais também serão
contempladas com a iniciativa, buscando garantir o acesso à água em locais
afetados pela seca ou falta regular de água.
O território do estado da Bahia
possui 69,7% de sua área na região semiárida, onde vivem populações
tradicionais e agricultores familiares com indicadores sociais desafiadores e
elevada insegurança alimentar e hídrica. Desde agosto de 2017, o Brasil conta
com a Lei 21718/16, conhecida como Lei de Convivência com o Semiárido,
orientando a promoção do desenvolvimento sustentável na região, visando a
melhoria das condições de vida e a promoção da cidadania.