Imagem ilustrativa | Foto:
Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente do Ibama, Rodrigo
Agostinho, falou sobre o aumento do crime organizado na Amazônia. Agostinho
contou que fiscais do Ibama agora precisam de um treinamento para uso de
armamento. "Os fiscais têm sido recebidos à bala durante as operações.
Temos sido ameaçados de maneira muito pesada", afirmou em entrevista à
revista Veja.
Ele diz que o crime ambiental
passou a ser organizado na região da Amazônia. "As pessoas entenderam que
a atividade econômica em áreas florestais permite o enriquecimento rápido e a
lavagem de dinheiro como em nenhum outro lugar".
Agostinho também diz que o
desmonte do Ibama durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) estimulou o crime na
região. "A retomada da capacidade de poder entrar nessas áreas e tirar
ocupantes ilegais não é um trabalho fácil".
"Os fiscais têm sido
recebidos à bala durante as operações. O Ibama acaba tendo que trabalhar sempre
em conjunto com a PF, a Polícia Rodoviária Federal ou a Força Nacional. Isso
não acontecia. Temos sido ameaçados de maneira muito pesada ao atuar no combate
ao desmatamento, ao garimpo ilegal e à pesca predatória.
Estamos tendo de reforçar muito
o treinamento, por exemplo, na utilização de armamento, algo que nunca foi a
prioridade de nossas equipes", disse Rodrigo Agostinho, presidente do
Ibama, em entrevista à Veja.