Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) teceu críticas aos seus antecessores no cargo, durante seu discurso
no evento que formalizou a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia,
nesta quinta-feira (18), na unidade do Senai Cimatec de Salvador.
"Eu peguei o país devastado por uma praga de gafanhoto que destruiu quase
tudo que a gente tinha feito em 13 anos de evolução. A gente não tinha mais
Ministério da Cultura, a gente não tinha mais Ministério da Pesca, a gente
nunca teve Ministério do Povo Indígena. A gente foi acabando não apenas com os
ministérios, mas a gente foi acabando com as políticas públicas", disparou
Lula, sem citar nomes.
"Só para você ter ideia, fazia exatamente quase sete anos que não tinha
reajuste na merenda escolar de 47 milhões de crianças nesse país. A Luciana
[ministra da Ciência e Tecnologia] sabe, que em apenas um ano ela teve que
colocar de investimento na Ciência e Tecnologia, no pagamento de bolsa, muito
mais do que tinha sido feito em quatro anos anteriores, porque praticamente foi
destruído qualquer possibilidade de investimento nesse país", continuou o
presidente.
Para Lula, o país "retrocedeu" após a saída das gestões do PT do
poder e criticou os rumos da Petrobras e a privatização da Eletrobras.
"Esse país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há
muito tempo, mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. O que
fizeram com a nossa Petrobrás? E a privatização da Eletrobrás? As pessoas não
gostam que fale, mas foi um escárnio o que se fez num setor estratégico como
setor de energia desse país", avaliou.
O PARQUE
O Parque Tecnológico
Aeroespacial da Bahia será instalado, futuramente, na Base Aérea de Salvador —
em área cedida pela União ao Senai Cimatec, que será a instituição responsável
pela gestão da unidade. O Parque Tecnológico será um ambiente dedicado ao fomento
do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no
campo aeroespacial.
Após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, no final de outubro passado,
foi estabelecida uma comissão de estudo, composta por representantes do
Ministério da Defesa, do Comando da Aeronáutica, do Governo da Bahia e do Senai
Cimatec. Em 60 dias o grupo se dedicou à avaliação de viabilidade da
implementação do novo centro. O relatório do trabalho, assinado em dezembro,
concluiu que não há impedimento jurídico ou normativo à instalação do Parque em
Salvador.