Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O governador Cláudio Castro (PL)
decidiu interromper suas férias e voltar na noite deste domingo (14) ao Rio de
Janeiro. Os municípios da região metropolitana enfrentam fortes chuvas, que já
deixaram ao menos 11 mortos.
A informação do retorno foi
divulgada pela assessoria de Castro. "O governador chega ao Rio de Janeiro
na manhã desta segunda-feira (15/1) e se reunirá, às 10h, no Centro Integrado
de Comando e Controle (CICC), com representantes dos órgãos envolvidos na
força-tarefa", diz o governo fluminense.
A reportagem questionou a
assessoria sobre o destino das férias do governador, mas não houve resposta.
Castro afirmou no sábado que
estava coordenando secretarias e que estava em contato com prefeituras para
"lidar com as intensas chuvas". O governador em exercício é seu vice,
Thiago Pampolha.
Neste domingo, Castro postou nas
redes sociais uma mensagem expressando sua solidariedade "às famílias e
amigos sete cidadãos que perderam suas vidas". Ele completou dizendo que
"o momento exige união" e que segue "trabalhando para prestar
toda assistência e evitar mais perdas".
Por volta das 19h30, após a
confirmação da 11ª morte pelo Corpo de Bombeiros, a assessoria do governo
confirmou o retorno de Castro ao Rio.
Esta não é a primeira vez que o
governador fluminense tem de mudar seus planos de fim de ano. Em dezembro, o
STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a sua quebra de sigilos bancários,
fiscais e telemáticos. O caso levou Castro a cancelar uma viagem marcada que
faria à China, agendada para o dia 3 de janeiro. A ideia era ir para os Estados
Unidos depois, com a família.
Os bombeiros atenderam a cerca
de 230 ocorrências relacionadas a chuvas no estado no final de semana. Também
houve registros de impactos nos sistemas de transporte público e abastecimento
de energia elétrica.
A lista de 11 vítimas
confirmadas pelos bombeiros tinha oito homens e três mulheres. Do total de
mortes, três foram registradas em bairros da zona norte da capital fluminense
(Ricardo de Albuquerque, Acari e Costa Barros).
As outras oito ocorreram em
municípios da Baixada Fluminense, na região metropolitana: três em Nova Iguaçu,
duas em São João de Meriti, duas em Duque de Caxias e uma em Belford Roxo.
O prefeito do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes (PSD), decretou situação de emergência no município. A decisão foi
publicada em edição extra do Diário Oficial na tarde deste domingo.
Em um vídeo publicado nas redes
sociais, Paes pediu para que a população, especialmente em bairros da zona
norte, evitasse sair de casa.
"Não força a mão, não força
ficar passando em área alagada. Você coloca em risco a sua vida, atrapalha os
agentes públicos. A previsão é de menos chuva ou chuva mais fraca hoje",
afirmou Paes.
Ele também disse que o Hospital
Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, ficou sem energia elétrica. A água inundou
o subsolo da unidade de saúde.
Um alagamento chegou a
interditar o trânsito durante a manhã em um trecho da avenida Brasil, uma das
principais vias da cidade. O fluxo de veículos foi totalmente liberado no final
da manhã, de acordo com o COR (Centro de Operações Rio). A chuva ainda fechou
estações de trem e metrô na capital.