Foto:
Marcello Casal/Agência Brasil
É
no mês de novembro que as ações contra a diabetes são mais intensificadas para
lembrar o Dia Mundial da doença, celebrado em 14 de novembro. Mas assim como o
Outubro Rosa, Novembro Azul, Dezembro Vermelho, entre tantas e outras
campanhas, a diabetes também é uma doença que deve ser monitorada o ano
inteiro.
De
acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o risco de complicações em
diversas decorrências para pessoas com diabetes bem controlado é menor. Para
isso, é preciso, por exemplo, adotar hábitos saudáveis, fazer monitoramento
glicêmico, ajustar as medicações conforme orientação médica e realizar exames
periodicamente.
Na
manhã desta quinta-feira (11), em entrevista ao Programa Acorda Cidade, o
coordenador geral dos cursos de Medicina da Unex e médico endocrinologista, Dr.
Lino Sieiro Netto, chamou a atenção da população para os riscos da doença, que
de forma silenciosa, podem provocar diversas consequências.
“Hoje,
o que se mais tem de confirmação, são as mudanças, principalmente no padrão
alimentar. Hoje o diabetes tem como seu principal fator de risco, a obesidade,
além do histórico familiar. A história família a gente não consegue mudar, mas
o que está crescendo, são os maus hábitos alimentares e o sedentarismo, o ganho
de peso, é uma progressão e a cada momento, a gente tem mais pessoas com
sobrepeso e principalmente mais pessoas obesas”, declarou.
De
acordo com o médico Dr. Lino Sieiro Netto, a diabetes é uma das principais
causas de doenças no rim e coração.
“O
diabetes é o principal fator de risco de doenças do coração, é a principal
causa de cegueira e é a principal causa de amputação não traumática, tirando os
acidentes. Os pacientes amputados, a grande parte é por conta do diabetes, além
disso é a principal causa de doenças no rim que levam a hemodiálise, então o
diabetes realmente é uma doença muito grave quando ele não é controlado, mas é
uma doença facilmente controlada com uma boa orientação, uma boa motivação e
uso dos medicamentos corretos”, pontuou.
Ao
Acorda Cidade, o endocrinologista chamou a atenção pelo fato da doença não
apresentar sintomas, somente quando já está em estágio avançado.
“O
diabetes não dá muitos sintomas na hora, a gente brinca que o diabetes não dói
nem coça, então as pessoas vivem normalmente. Quando as complicações aparecem,
aí acaba que não tem mais jeito de reversão na maioria das vezes, mas o dia a
dia do diabetes, é um dia a dia normal. A pessoa acredita que aquilo não faz
mal, então é uma progressão, quanto mais tempo ele fica com a glicose alta,
mais problema ele vai ter em algum momento”, explicou.
O que é uma pessoa
pré-diabética?
Segundo
o médico endocrinologista, aquela pessoa que apresenta uma taxa de glicose
entre 100 e 125, já precisa acender um alerta, pois corre o risco de
desencadear a doença.
“O
paciente classificado como pré-diabético, é quando ele tem uma glicose no jejum
entre 100 e 125, é uma classificação numerária que o paciente não sente nada,
mas quando ele faz aqueles exames de rotina e a glicose dele está entre 100 e
125 ele é classificado como pré-diabético e ele tem que tomar alguns cuidados,
obviamente procurar um médico, procurar um clínico, procurar um
endocrinologista para que ele possa fazer alguns outros exames para confirmar
essa tendência que ele possa ter do diabetes, e a partir daí, já fazer uma
mudança importante nos hábitos de vida para que ele não se torne um diabético”,
concluiu.