A inflação na Argentina encerrou 2023 registrando uma variação acumulada de 211,4%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11/1) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

 

Em novembro, nessa mesma base de comparação, o índice estava em 160,9%. Ou seja, houve um aumento de 50,5 pontos percentuais entre um mês e outro.

 

Na comparação com o mês anterior, a inflação argentina ficou em 25,5%, uma forte aceleração ante os 12,8% registrados em novembro.

 

Apesar de elevadíssima, a inflação na Argentina veio abaixo das estimativas do mercado. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, apontava índices de 215% (na base anual) e de 28% (mensal).

 

Com isso, a inflação acumulada da Argentina fecha 2023 no maior patamar desde o período de hiperinflação, na década de 1990.

 

Essa foi a primeira medição desde a posse do novo presidente do país, o ultraliberal Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada no dia 10 de dezembro do ano passado.

 

Para combater a inflação, o Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou a taxa básica de juros do país de 118% para 133% ao ano, em meados de outubro. A autoridade monetária anunciou que manterá os juros no atual patamar.