O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou que irá deportar presidiários estrangeiros que cumprem pena no país, em mais uma medida voltada ao enfrentamento das facções criminosas. A Colômbia recebeu a proposta de Noboa com preocupação, e disse não aceitar o envio massivo de condenado de volta ao país.

A deportação de condenado foi anunciada por Noboa durante entrevista a uma emissora de rádio, quarta-feira. O presidente disse que cidadãos da Colômbia, Peru e Venezuela representam 90% dos presos estrangeiros cumprindo pena no Equador e pretende começar "devolvendo" 1.500 colombianos ao país vizinho.

Além disso, a Colômbia sinalizou o mecanismo entre os dois países prevendo a repatriação mediante pedido do próprio preso ou do seu país de origem, levando em consideração uma série de critérios objetivos, como o cumprimento de pelo menos 50% da pena, a idade do condenado e seu estado de saúde.

Quatorze pessoas foram mortas e inúmeras ações criminosas foram registradas nas principais cidades do Equador desde terça-feira, quando facções criminosas reagiram violentamente a um decreto do presidente determinando estado de emergência após a fuga de um dos principais líderes do narcotráfico do país.