Dados sendo apresentados pelas SSP Crédito: Jorge Cordeiro/ Ascom SSP
Está tudo bem até que duas pessoas se desentendem, brigam e
uma delas termina machucada. Ela é internada, o ferimento evolui e ela morre. O
crime não foi premieditado e nem foi motivado por roubo ou ciúmes. Os casos de
lesão corporal seguida de morte creceram 33,3% na Bahia, na comparação entre o
ano passado e 2022. Já homicídios, feminicídios e latrocínios tiveram redução.
Nesta quarta-feira (10), Secretaria Pública da Segurança
(SSP) apresentou o balanço das ocorrências policiais registradas na Bahia, em
2023. Dentre as mortes violentas, os casos de lesão corporal seguida de morte
saltaram de 63 para 84 vítimas. No total, 4.599 pessoas foram assassinadas no
estado, no ano passado, mas os homicídios reduziram 6,3% na comparação com
2022.
O secretário da SSP, Marcelo Werner, explicou que as lesões
corporais são crimes dificeis de prevenir, disse que tem relação com a cultura
de violência e pediu que a população trabalhe mais a paz, o diálogo e o
respeito ao próximo.
"A análise dessas ocorrências mostam uma violência maior
em um momento de lazer, é a briga do bar onde uma pessoa abusa da violência.
Foi um dado que chamou nossa atenção, temos que propagar a cultura da paz e da
não beligerância, temos trabalhado com ações preventivas, como as rondas, mas,
às vezes, a gente não consegue evitar essas ocorrências", explicou.
No ano passado, 105 mulheres foram vítimas de feminicídio,
duas a menos que no ano anterior, e ocorreram 67 casos de latrocínio, 20 a
menos que em 2022. A delegada geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, comemorou
a redução dos crimes e também comentou o crescimento de casos de lesão corporal
no estado.
"A lesão corporal seguida de morte normalmente é um crime em que o indivíduo não tem a intensão de matar. Na maioria da vezes é uma briga, uma discussão, que causa uma lesão, a questão agudiza e a pessoa vem a falecer. A gente trata com o mesmo empenho com que investigamos um homicídio, porque é uma vida. É difícil para a polícia trabalhar com prevenção, mas trabalhamos na elucidação de cada um deles", afirmou.
Por Correio24horas