Foto: Ricardo
Stuckert/Presidência da República
O ministro de Portos e
Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta terça-feira (9) que o governo
deve lançar até fevereiro o Voa Brasil, programa de passagens de até R$ 200
para aposentados e alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni) – de bolsas
universitárias para alunos de baixa renda.
De acordo com Costa Filho, as passagens poderão ser compradas após o anúncio do
programa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A gente está trabalhando para que já no começo de fevereiro, aquele que
entrar no site do Voa Brasil vai ter acesso à disponibilidade da compra de
passagem. Por isso que a gente quer já no dia do anúncio do presidente,
possivelmente na primeira quinzena de fevereiro, a gente já poder ter isso
pronto para já o brasileiro, o aposentado e o aluno do Prouni ter acesso ao
programa", disse.
O Voa Brasil foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e
Aeroportos, Márcio França, que deixou a pasta sem lançar o programa. Silvio
Costa Filho assumiu o ministério em setembro e, em dezembro, disse que a
iniciativa só sairia do papel em 2024.
Nesta terça-feira, o ministro afirmou que mais de 20,8 milhões de aposentados
do INSS que ganham até dois salários mínimos serão beneficiados pelo programa.
Além disso, cerca de 600 mil estudantes do ProUni também poderão adquirir as
passagens por meio do Voa Brasil.
"Essa é a primeira etapa do programa. A partir daí, a gente vendo que o
programa funcionou, a gente vai tentar cada vez mais, ao lado das aéreas,
buscar a ampliação do programa. Mas a gente não teria, como Estado brasileiro,
ampliar o programa para outros segmentos da sociedade", afirmou Silvio
Costa.
O ministro disse ainda que o programa pretende incluir entre 2,5 milhões e 3
milhões de novos passageiros no mercado da aviação brasileira. Esse número se
refere a pessoas que viajaram há mais de um ano ou que nunca se deslocaram pela
aviação comercial.
Silvio Costa Filho também afirmou que o governo federal tem trabalhado para
diminuir o preço do querosene de aviação e a judicialização da relação entre
companhias aéreas e passageiros para baixar os preços dos bilhetes. Além disso,
faz um esforço junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) para aumentar o crédito para as empresas.
"O que nós vamos combater, trabalhar para combater, são alguns aumentos
abusivos que estão tendo, penalizando o cidadão brasileiro. Isso a gente não pode
aceitar. E por isso que a gente tem trabalhado junto às aéreas para que elas
possam de fato rever alguns preços que têm praticados no mercado",
afirmou.