Foto: Shealah Craighead/White House
O republicano Donald Trump se
apresentou nesta terça-feira (9) a um tribunal federal nos Estados Unidos para
argumentar que, como ex-presidente, deveria ter imunidade frente aos processos
criminais que o acusam de tentar reverter o resultado das eleições de 2020, na
qual perdeu para o atual chefe do Executivo americano, Joe Biden,
Os advogados do empresário vão
tentar convencer três juízes da Corte de Apelações de Washington a anular as
acusações de interferência eleitoral com o argumento de que ex-presidentes
gozam de "imunidade absoluta" e não podem ser processados por ações
decididas durante sua permanência na Casa Branca. Trump não terá a chance de
falar.
A previsão é de que o favorito à
candidatura presidencial do Partido Republicano em 2024 seja julgado no dia 4
de março em um tribunal de Washington, a poucas ruas do Capitólio —prédio
invadido por uma multidão de apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021 para
tentar impedir a certificação da vitória de Biden.
Mas com as primárias do Partido
Republicano prestes a começar na próxima semana, Trump está usando a audiência
como uma oportunidade para afirmar que é vítima de perseguição política.
Há muito o Departamento de
Justiça dos EUA sustenta que presidentes em exercício não podem ser processados
por ações que tomam no cargo, e Trump alega que isso também deve se aplicar a
ex-presidentes.
O empresário diz que, se a
argumentação não tiver êxito e ele voltar à Casa Branca após as eleições de
novembro, vai processar Biden. "Se eu não tiver imunidade, então o
desonesto Joe Biden também não terá imunidade", disse Trump em um vídeo postado
nas redes sociais. "Joe estaria pronto para ser indiciado."
Trump, que perdeu para Biden na
eleição de 2020, abriu uma vantagem significativa sobre seus rivais para a
indicação presidencial republicana desde que a primeira acusação criminal
contra ele foi anunciada, em março do ano passado. Espera-se que ele vença
facilmente a disputa da próxima segunda-feira (15) em Iowa.