Mário. Jorge. Lobo. Zagallo. Quatro
nomes, quatro Copas do Mundo. Difícil não confundir a história deste alagoano
com a do próprio futebol. Tinha em si a mistura do brasileiro quando a
linguagem é o esporte bretão: personalidade forte, às vezes até turrão,
determinado ao extremo. Tudo com uma grande pitada de superstição em sua paixão
desenfreada pelo número 13. Prenúncio de sorte, ele dizia. Um senhor que viajou
ao longo de mais de oito décadas e provou sabores e dissabores que o mundo da
bola pode proporcionar. Um caminho que ele estava convencido de que fora
destinado a cumprir. E o mundo, em parte, a engolir.
"Sou predestinado. Quando o céu
está coberto não tem estrela. Agradeço sempre por tudo que conquistei",
disse certa vez o "Velho Lobo".
Aos 92 anos, nesta sexta-feira
(05/01), a lenda do futebol brasileiro deixou a vida para ser definitivamente
história, conforme anunciou uma nota de pesar postada em seu próprio Instagram.