Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O primeiro Boletim Focus do
Banco Central no ano de 2024, com as projeções de mais de 100 analistas do
mercado sobre os rumos da economia brasileira, revelou estabilidade nas
estimativas para os principais indicadores da economia. Excepcionalmente, o Boletim
Focus foi apresentado nesta terça-feira (2) devido ao feriado de Ano Novo.
De acordo com o documento, os
economistas de dezenas de instituições financeiras e do mercado mantiveram a
inflação oficial de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) na casa dos 4,46%. Em relação a 2024, os analistas reduziram suas
projeções de 3,91% para 3,90%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central
é de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5% para cima ou para baixo.
Em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB), a previsão média para o crescimento da economia brasileira
permaneceu em 2,92% no fechamento de 2023. Para 2024, a projeção seguiu a mesma
da semana passada, em 1,52%, assim como para 2025, que continuou em 2%.
Já sobre a Selic, a taxa básica
de juros, a expectativa mediana dos analistas do mercado seguiu em 9% ao fim de
2024, após cair na semana passada. Esse patamar representa um corte total de
2,75% na Selic durante o ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central de 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.
A mediana das estimativas do
mercado para o dólar no fim deste ano de 2024 seguiu em R$ 5, assim como na
última semana. Para 2025, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. E para 2026
as expectativas ficaram em R$ 5,05.
Sobre a balança comercial
brasileira, houve uma redução nas expectativas para 2023, com o superávit
estimado saindo de US$ 81,40 bilhões para um saldo positivo de US$ 81,30
bilhões. A estimativa para 2024 também recuou, de US$ 71 bilhões para US$ 70,50
bilhões, enquanto a de 2025 continuou em US$ 66,59 bilhões. A estimativa para
2026 encolheu de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões.
Na avaliação em relação à dívida
líquida do setor público, os analistas do mercado reduziram suas projeções de
61,20% do PIB para 61,05% do PIB. A perspectiva para 2024 também passou por
correção, caindo de 64,50% do PIB para 64,45% do PIB. A de 2025 também recuou,
de 66,40% do PIB para 66,20% do Produto Interno Bruto.