Os atletas
quenianos mantiveram sua hegemonia na Corrida Internacional de São Silvestre
realizada neste domingo (31) pelas ruas da capital paulista.
Entre os homens, o pódio foi dominado pelos
quenianos. Timothy Kiplagat Ronoh, 30, confirmou o favoritismo e cruzou a linha
de chegada na primeira posição, com o tempo de 44 minutos e 52 segundos. O
recorde da prova é de 42 minutos e 59 segundos, estabelecido em 2019 pelo
queniano Kibiwot Kandie.
Ronoh tem entre os melhores resultados da
carreira a segunda posição na maratona de Roterdã em 2023, e a primeira nas
maratonas de Melbourne e Abu Dhabi em 2022.
Emmanuel Bor e Reuben Longosiwa, também do
Quênia, ficaram em segundo e terceiro, respectivamente. Jonathas de Oliveira
foi o melhor brasileiro, terminando na sexta colocação.
Na categoria feminina, a também favorita
Catherine Reline, 21, do Quênia, venceu a tradicional prova de rua. Assim como
Ronoh no masculino, Catherine conseguiu se distanciar das principais
concorrentes ainda no meio da prova e liderou com folga até o final. A
corredora, que já havia vencido a prova em 2022, concluiu a prova com o tempo
de 49 minutos e 54 segundos.
O recorde na categoria feminina é de 48
minutos e 35 segundos, estabelecido em 2016 pela queniana Jemima Sumgong.
A também queniana Sheila Chelangat ficou com
a segunda colocação, com o tempo de 51 minutos e 35 segundos. Wude Ayalew, da
Etiópia, com 51 minutos e 46 segundos, completou o pódio.
Angolona naturalizada brasileira, Felismina
Cavela foi a melhor atleta do Brasil na prova, na sexta posição, com o tempo de
55 minutos. Logo em seguida chegou a compatriota Kleidiane Barbosa, com 55
minutos e 12 segundos.
A prova prevê uma premiação total de
aproximadamente R$ 300 mil. Os campeões recebem cerca de R$ 57 mil, cada.
Com os resultados, se mantém a hegemonia de
atletas africanos na tradicional prova de rua, em especial do Quênia, sem que o
Brasil consiga ocupar o lugar mais alto no pódio há mais de uma década.
Já se vão 13 anos desde a última vez que um
corredor local chegou na frente, quando Marílson Gomes dos Santos venceu pela
terceira vez (também ganhou em 2003 e 2005, sendo o brasileiro mais vitorioso
da prova). No feminino, Lucélia Peres, em 2006, foi a última corredora do país
a vencer a São Silvestre.
Desde então, atletas da África,
principalmente quenianos, se revezam entre os campeões. Os corredores do país
africano lideram a prova em conquistas, com 35 vitórias, considerando a fase
internacional com estrangeiros, iniciada em 1945.
Entre os homens, o queniano Paul Tergat é o
maior vencedor, pentacampeão da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999, 2000).
Entre as mulheres, o recorde é da portuguesa Rosa Mota, com seis triunfos
consecutivos entre 1981 e 1986.
O Brasil ocupou o lugar mais alto do pódio
em 16 oportunidades, sendo 11 vezes na categoria masculina e cinco na feminina.
Cerca de 35 mil competidores participaram da
prova e percorreram os 15 km do percurso, passando por alguns dos principais
pontos turísticos de São Paulo, como o estádio do Pacaembu, as Avenidas
Ipiranga e São João e a Praça da República, além da famosa e temida subida da
Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
A largada da prova de 15 km aconteceu na
Avenida Paulista, na altura entre as ruas Augusta e Frei Caneca, com a chegada
na mesma avenida, em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, organizadora
do evento.
Além dos atletas profissionais, a prova de
rua de São Paulo é marcada pela grande presença de corredores amadores
fantasiados dos mais variados personagens, como boxeador, noiva, Ayrton Senna,
super-heróis, Chapolin e estrelas do rock.