A Argentina
não fará parte do Brics, informou o presidente argentino, Javier Milei, em
carta enviada aos chefes de Estado dos cinco países que integram o bloco,
incluindo o Brasil.
A carta foi endereçada ao presidente Lula.
Mais detalhes sobre o conteúdo do comunicado não foram divulgados pelo governo
brasileiro.
O país ingressaria no bloco a partir de 1º
de janeiro de 2024. A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana
Mondino, já havia adiantado a decisão no fim de novembro, em uma postagem no X
(antigo Twitter).
A Argentina estava entre os seis países
convidados a se tornarem novos membros do Brics. A lista foi definida em uma
cúpula realizada na África do Sul em agosto.
Além do país chefiado por Milei, estão na
lista de expansão Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.
O bloco conta hoje com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e não irá
mudar de nome.
EXAPANSÃO DO BRICS
A escolha das nações passou por uma
distribuição geográfica dos novos países membros e teve um cunho essencialmente
político. Também se privilegiou governos que já estivessem no G20, ainda que
esse não tenha sido o único critério.
À época, Lula demonstrou satisfação em
receber novos membros. O presidente também dedicou uma mensagem especial ao
presidente da Argentina na ocasião, Alberto Fernández.
"É com satisfação que damos as
boas-vindas aos Brics Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos,
Etiópia e Irã. Dedico uma mensagem especial ao querido presidente da Argentina
e grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento", declarou Lula.
O presidente Lula negou viés ideológico na
inclusão dos novos países e disse que o critério "não foi aleatório".
"A inclusão dos novos membros foi um avanço extraordinário. Não foi de
forma aleatória que entrou fulano ou beltrano, mas países que já estavam na
fila há anos", afirmou o presidente.