O cantor Fagner, de 74 anos, polemizou com declarações sobre a atual
cena da música brasileira e atiçou o DJ Alok a comentar o caso.
Em entrevista ao podcast 'CHEGUEI
Podcast do Garotinho', o veterano criticou o novo formato da música e
caracterizou a música eletrônica como um desastre ambiental. Para o artista,
não é compreensível a movimentação feita por DJs que ficam fazendo "cenas
ridículas" ao invés de tocar música.
"Mudou muito o formato de música,
você vê umas pessoas... Mudou totalmente, é menos música hoje e mais cena. Uma
das coisas que mais me chocam é você pegar um DJ botando um milhão de pessoas,
isso é, pra mim, um desequilíbrio ambiental. Caramba, isso é um desastre
ambiental. F*da-se eles, mas o povo vai ver um DJ que canta meia música e fica
ali fazendo aquelas cenas ridículas, isso é uma queda", declarou o
artista.
Em resposta ao veterano, o DJ Alok se
pronunciou nas redes sociais e afirmou ser um grande admirador da música do
cearense, mas pediu respeito ao que ele e outros artistas produzem.
"Sou um grande amirador do Fagner
e seu sei que ele é um artista que contrubuiu demais para a expansão, a
valorização da música nordestina. E se eu posso estar fazendo os eventos que eu
faço hoje no Nordeste é porque ele e outros trabalharam lá atrás e me abriram
as portas. O Fagner já lançou mais de 36 álbuns, vendeu mais de 20 milhoes de
cópias, é uma lenda viva. Com certeza ele é musicalmente mais talentoso que eu,
mas eu tenho outros talentos e tá tudo certo", disse em vídeo após fazer
uma piada com o trecho do podcast em que o cantor critica a música eletrônica.
No podcast, Fagner ainda aproveitou
para criticar o sertanejo e afirmar que a música brasileira é o que é produzido
pelo Nordeste do país. Questionado sobre preconceito quanto a música
nordestina, o veterano foi direto:
"Se tinham se f*deram. O que é
música brasileira é música nordestina. Tinha uns caras que faziam um tipo, mas
cara, o que é música brasileira é a música nordestina. Não vou nem citar nada
de Sul. É Minas, é o Nordeste, que vem desde Luiz Gonzaga. Quantos autores do
Nordeste você pode citar aí? Me fala cinco do Sul. Essa febre de sertanejo é
tudo a mesma música", desabafou.