Foto: Agência Brasil
O
secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo
Cappelli, anunciou no sábado (16), pelas redes sociais, o lançamento de uma
medida que promete bloquear de forma mais rápida celulares roubados ou
furtados.
Segundo o número
2 da pasta, a iniciativa -que deve ser batizada de "Celular Seguro"-
terá início na próxima terça-feira (19).
"Vamos
lançar na próxima terça-feira uma iniciativa que transformará os celulares
roubados num pedaço de metal inútil. Com apenas um clique, a vítima enviará um
aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de
telefonia e para os demais aplicativos", escreveu Cappelli em sua conta no
X (antigo Twitter).
Como mostrou o
Painel, a ideia é lançar um aplicativo e um site onde o usuário poderá
cadastrar previamente seu celular para que, em caso de furto ou roubo, pessoas
de confiança consigam bloquear o aparelho.
O serviço será
disponibilizado pelo Ministério da Justiça, que terá como responsabilidade a
coleta de informações pertinentes ao aplicativo e a comunicação aos
participantes quando solicitado pelo usuário.
Ele será realizado
em parceria com Anatel, Febraban (Federação Brasileira de Bancos), ABR Telecom,
encarregada do recebimento das comunicações enviadas pelo usuário para bloqueio
do terminal telefônico em até um dia útil após a comunicação, e com os bancos
Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Inter, Sicredi (Sistema de
Crédito Na semana passada, o secretário-executivo se reuniu com representantes
das operadoras de telefonia para discutir o assunto. Na ocasião, disse também
por meio das redes sociais que os bancos e a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) já tinham aderido à proposta.
"Queremos
que a pessoa vítima de furto ou roubo consiga bloquear rapidamente seu
aparelho, sua linha e seus aplicativos bancários com apenas um clique, sem
burocracia", publicou.
No mesmo dia,
escreveu que "ninguém aguenta depois de ter o celular roubado ou furtado
ficar na central de atendimento tentando fazer o registro".
Segundo dados do
Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, o Brasil registrou
um crescimento de 16,6% de furtos e roubos de telefones celulares no período de
um ano, saindo de 853 mil casos em 2021 para 999,2 mil ocorrências no ano
passado.
A média é de 114
celulares roubados por hora no país, cerca de dois a cada minuto. Os estados da
Bahia e do Rio de Janeiro puxaram a alta nesse tipo de crime.
O roubo e furto
de celulares se tornou nos últimos anos o mais comum dentre os crimes
patrimoniais. Isso porque o equipamento se transformou em porta de entrada para
outros delitos, como golpes e extorsão.
Este tipo de
crime ganhou mais força a partir da pandemia da Covid-19, que deu maior
popularidade ao comércio eletrônico a partir de aplicativos nos celulares. No
Brasil, o avanço também está ligado à criação do Pix, que facilitou operações
de transferência de valor a partir dos aplicativos dos bancos.